"Se Governo perdeu a sua maioria, não tem como governar"
Assunção Cristas atacou o Governo, acusando o primeiro-ministro de "virar as costas ao país" a semanas de eleições.
© Blas Manuel
Política Assunção Cristas
Para Assunção Cristas, "um primeiro-ministro que não se demite quando morrem 116 pessoas nos incêndios é o mesmo que empurra o país para uma crise política a propósito, apenas, da obrigação de negociar com os professores".
As declarações da líder centrista vêm a propósito da comunicação de Costa ao país, em que deu conta da possibilidade de se demitir se for aprovado em votação final global o diploma que prevê a recuperação de todo o tempo de serviço dos professores.
Alega a líder do CDS que "é mentira que esteja em causa mais despesa neste orçamento, é mentira que haja compromissos novos assumidos para o futuro para além dos dois anos e nove meses do Governo. É mentira que se ponham em causa as contas públicas".
"Com base em três mentiras", continuou, "o primeiro-ministro cria uma crise política, de forma irresponsável, afetando a credibilidade externa de Portugal, apenas e tão só para retirar hipotéticas vantagens eleitorais e evitar o confronto com a sua governação falhada".
Afinal, defendeu Cristas, "não virou a página à austeridade, criou sim a maior carga fiscal de sempre, o pior nível de investimento público de sempre e a maior degradação dos serviços públicos de sempre, nomeadamente na área da saúde".
Para Assunção Cristas, "o primeiro-ministro que ameaça hoje demitir-se, tal como José Sócrates em véspera de votação do PEC4, é o mesmo que há duas semanas negava categoricamente esta hipótese. A semanas de eleições quer virar as costas ao país; um primeiro-ministro sem credibilidade".
Simultaneamente, a centrista recordou que o partido que encabeça já "apresentou duas moções de censura a este Governo, por nós o Governo já tinha terminado há muito. Se perdeu a sua maioria, não tem como governar".
De salientar ainda que o CDS já pediu uma audiência ao Presidente da República.
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com