Mensagem do primeiro-ministro foi um "conjunto de fantasias"
O Partido Social-Democrata foi o último a reagir à mensagem de Natal do primeiro-ministro.
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Política PSD
Para André Coelho Lima, vogal da Comissão Política Nacional do PSD, as palavras dirigidas ontem aos portugueses pelo primeiro-ministro não passam de um “conjunto de fantasias” e de “frases que se gosta de ouvir”. No entanto, sublinhou em declarações aos jornalistas, é “preciso interpretar o que está por trás do que foi dito”.
E foi isso mesmo que André Coelho Lima fez a partir da sede do PSD no Porto, acusando o primeiro-ministro de ter dito que “Portugal cresceu mais do que a média da União Europeia” quando, na verdade, “sabemos que Portugal tem o quarto menor PIB da zona euro”.
Depois, o social-democrata também citou António Costa quando disse que é necessário garantir a continuidade deste “percurso”.
“Como garantir a continuidade deste percurso quando temos um percurso que só olha para o presente e que não aproveita as excecionais condições desta legislatura para projetar o futuro?”, questionou o responsável em jeito de crítica.
As “contas certas” referidas por António Costa e a “necessária justiça fiscal” foram também alvo da análise de André Coelho Lima. Quanto ao primeiro ponto, o social-democrata lembrou que o atual Governo “conseguiu com que a dívida pública aumentasse cerca de 20 mil milhões de euros”; relativamente ao segundo tema, o vogal do PSD sublinhou que “o que temos hoje é a maior carga fiscal da história de Portugal”.
Para rematar, o responsável ‘laranja’ acusou António Costa de ter dito que é preciso “continuar o investimento de qualidade nos serviços públicos” quando há um “desinvestimento notório” que obriga os portugueses a defrontarem-se “há meses e anos com dificuldades enormes no Serviço Nacional de Saúde”.
A farpa final apanhou a boleia dos transportes e do “aproveitamento do território”.
“Diz ainda o primeiro-ministro que temos de fazer o melhor aproveitamento do território com transportes públicos mais baratos e apresenta a solução de transportes públicos mais baratos apenas para as zonas metropolitanas do Porto e Lisboa, ignorando o resto do território”, finalizou.
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