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"Não podemos confundir Tancos com a realidade das nossas Forças Armadas"

Presidente da Comissão Parlamentar de Defesa Nacional considera que os políticos devem "dar a cara e defender" as Forças Armadas, salientando que o caso de Tancos não pode levar os portugueses a "tomar a parte pelo todo". Marco António Costa afirma que numa comissão de inquérito uma "atitude pedagógica pode ser fundamental".

"Não podemos confundir Tancos com a realidade das nossas Forças Armadas"
Notícias ao Minuto

12:08 - 26/09/18 por Pedro Bastos Reis

Política Marco António Costa

O deputado do PSD e presidente da Comissão Parlamentar de Defesa Nacional Marco António Costa saiu em defesa das Forças Armadas depois de a Procuradoria-Geral da República ter ordenado a detenção de oito suspeitos relacionados com o aparecimento do material roubado de Tancos, incluindo o diretor-geral da Polícia Judiciária Militar e um comandante da GNR.

Sublinhando que "não se pode tomar a parte por um todo", Marco António Costa disse que “não podemos confundir este episódio de Tancos com a realidade das nossas Forças Armadas”.

“O envolvimento de 10, 20, 30 pessoas que sejam – não se sabe quantas estão envolvidas – não pode ser confundido com cerca de 30 mil mulheres e homens que servem as nossas Forças Armadas, que todos os dias colocam o seu melhor para garantir a nossa soberania, a defesa do nosso Estado, mas particularmente prestar serviço humanitário”, afirmou o presidente da Comissão Parlamentar de Defesa Nacional em entrevista à RTP.

Para Marco António Costa, “é muito relevante que nestes momentos de maior tensão, os responsáveis políticos tenham a coragem de dar a cara e defender a instituição”.

Relativamente à comissão de inquérito proposta pelo CDS, e que o PS já admitiu viabilizar, o deputado social-democrata considerou pertinente “fazer um aprofundamento especializado de um tema como este, perceber o que é que falhou, e, acima de tudo, o que é que se pode fazer em termos de iniciativa legislativa e política”.

Para além disso, continuou, “importa retirar ilações” e, realçou, a investigação está em curso e existem, ainda, armas desaparecidas, “portanto é útil que as investigações prossigam o seu caminho”.

Na terça-feira, o Ministério Público acusou oito elementos de "factos suscetíveis de integrarem crimes de associação criminosa, denegação de justiça, prevaricação, falsificação de documentos, tráfico de influência, favorecimento pessoal praticado por funcionário, abuso de poder, recetação, detenção de arma proibida e tráfico de armas", relacionados com o aparecimento do material de guerra roubado de Tancos em junho em 2017.

Em outubro do mesmo ano, o material roubado foi encontrado pela Polícia Judiciária Militar num campo aberto na Chamusca, o que gerou desconfiança na PJ e no MP, tendo sido aberta uma nova investigação para apurar as circunstâncias em que o material foi encontrado, culminando na Operação Húbris

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