No final da reunião da Comissão Nacional do PS que decorreu hoje em Lisboa, a primeira desde a eleição de José Luís Carneiro como secretário-geral do partido, Carlos César foi questionado pelos jornalistas sobre as eleições presidenciais do próximo ano.
"O Partido Socialista poderá ter uma posição formal, e é natural que a tenha, e a última Comissão Nacional desenhou essa possibilidade como a maior, de exprimir um apoio, mas o Partido Socialista não manda no voto dos seus militantes e muito menos no voto dos seus eleitores, terá apenas uma recomendação sobre essa matéria", enfatizou.
O presidente do PS voltou a remeter uma decisão sobre este tema para uma Comissão Nacional depois das eleições autárquicas de 12 de outubro.
Questionado sobre se com naturalidade socialistas estarem já a dar apoio a Sampaio da Nóvoa, que ainda não avançou com uma candidatura, Carlos César disse ver "com naturalidade todas as opções que os militantes do Partido Socialista queiram tomar nas eleições presidenciais".
"Não há nada de anormal nessa matéria, como não há nos restantes partidos. Eu conheço pessoas de todos os partidos políticos que terão, porventura, opiniões diferentes uns dos outros no mesmo partido sobre a sua opção dos candidatos presidenciais", observou.
Enfatizando que "sempre teve uma opção sobre todas as matérias" e nunca se refugiou "em nenhuma circunstância da vida cívica ou política no anonimato" da sua decisão, o presidente do PS assumiu que "da última vez" apoiou Sampaio da Nóvoa.
"Sobre essa matéria, hei de falar na oportunidade que entendo devida. Desde logo porque sou presidente do Partido Socialista. Sendo presidente do Partido Socialista, também sou presidente da Comissão Nacional, que será justamente o órgão onde essa matéria será discutida. E, portanto, o que tiver a dizer será nessa altura ou a seguir a essa ocasião", referiu.
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