Venezuela não pode ser transformada em "tema de luta partidária"
O Presidente da República defendeu hoje que a situação da Venezuela não pode ser transformada em "tema de luta partidária", salientando que "nenhum Governo minimamente sensato deixa de ter vários planos para vários cenários possíveis".
© Global Imagens
Política Marcelo
"Há contornos do tema que, por definição, não podem ser trazidos a público. Começar a pedir qual o plano para o cenário a, b, c ou d... Por definição, não se pode dizer qual é o plano, porque no dia em que se disser deixa de haver plano", afirmou Marcelo Rebelo de Sousa, questionado pelos jornalistas à margem da 3.ª edição da Festa do Livro em Belém.
Interrogado sobre a iniciativa do CDS-PP, que enviou hoje um conjunto de perguntas ao ministro dos Negócios Estrangeiros sobre a situação dos portugueses na Venezuela e vai apresentar um "plano de emergência" no parlamento, o chefe de Estado respondeu apenas que "nenhum Governo minimamente sensato deixa de ter vários planos para vários cenários possíveis".
O Presidente da República assegurou que tem acompanhado "desde sempre" a situação dos portugueses na Venezuela, tal como outros casos relacionados com cidadãos nacionais espalhados pelo mundo.
Em entrevista à Rádio Renascença, hoje divulgada, Marcelo Rebelo de Sousa já tinha pedido aos partidos para evitarem usar a situação naquele país como arma de arremesso durante a campanha eleitoral.
"Para alguns, pode ser muito interessante, erradamente, começar a berrar em torno disso, mas podem prejudicar os nossos compatriotas que lá estão. O que tem que ser feito, tem que ser feito de uma forma que não é pública", alertou.
A Venezuela enfrenta uma grave crise política, económica e social, que, segundo dados não oficiais, levou mais de 2,5 milhões de venezuelanos a abandonar o país, escapando da crise.
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