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Oficial expulsa de curso de unidade especial. PSP defende-se

Marisa Pires seria a primeira mulher a integrar uma unidade especial da PSP.

Oficial expulsa de curso de unidade especial. PSP defende-se
Notícias ao Minuto

19:47 - 01/03/18 por Filipa Matias Pereira

País Corpo de Intervenção

A Polícia de Segurança Pública (PSP) num esclarecimento enviado às redações começa por explicar que se "orgulha" de ter sido pioneira em Portugal na admissão de "mulheres ao seu serviço, desde 1930", e, nesse sentido reage a uma notícia publicada pelo Correio da Manhã e que dava conta de que uma subcomissária da PSP, que comandava a esquadra do Palácio de Belém quando decidiu concorrer ao curso do Corpo de Intervenção da PSP, foi expulsa a meio do programa, alegadamente sem conhecer os motivos que terão justificado tal decisão.

Marisa Pires, de 27 anos, campeã nacional e europeia de Muay Thai (desporto de combate), superou provas físicas e teóricas, muitas vezes com resultados superiores aos dos homens. No entanto, a subcomissária viu assim terminada a sua oportunidade de ingressar numa unidade de elite da PSP, conta o mesmo jornal.

Além disso, a oficial terá sido impedida pela hierarquia de estar na mesma camarata que os colegas homens nos tempos mortos. E, sobretudo nas últimas duas semanas do curso, Marisa terá visto a nota de mérito (que avalia a capacidade de liderança) ser reduzida aparentemente sem motivo.

Em reação a estas acusações, e vincando que na PSP as mulheres "são reconhecidas pelas suas competências técnicas e profissionais, sendo consideradas para todos os efeitos, profissionais de Polícia em igualdade de circunstâncias com os homens", a força de segurança justifica que “a formanda do 38.º Curso de Ordem Pública, Subcomissária Marisa Pires,  foi eliminada deste curso por aplicação das regras de avaliação constantes do regulamento de frequência do mesmo, na sequência de duas avaliações negativas, consecutivas, cujos motivos lhe foram comunicados".

"As regras aplicadas a esta formanda foram as mesmas aplicadas a outros formandos que frequentaram o mesmo curso e que já ditaram a eliminação de seis formandos homens, incluindo oficiais”, assegura a PSP.

Além disso, acrescenta a autoridade, "é o desempenho individual neste curso de ordem pública, como em qualquer outro, (...), que determina o seu sucesso ou insucesso e não a aplicação de qualquer critério de género, por inexistente na PSP".

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