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"Não andamos a inventar processos", diz PGR sobre Operação Marquês

A procuradora-geral da República disse hoje que o Ministério Público não anda a inventar processos, referindo-se à acusação divulgada na quarta-feira da Operação Marquês, e que a eventual morosidade do caso só poderá ser avaliada no fim.

"Não andamos a inventar processos", diz PGR  sobre Operação Marquês
Notícias ao Minuto

16:45 - 12/10/17 por Lusa

País Joana Marques Vidal

"Nós não inventamos os processos, os processos surgem porque há participações, porque há documentos, e iniciam-se investigações porque é obrigatório iniciar perante um conjunto determinado de factos. Não andamos à procura, ou a inventar processos, seja em que situação for", declarou Joana Marques Vidal, à margem do XI Congresso dos Juízes que decorre, entre hoje e sábado, na Figueira da Foz.

A PGR disse ainda que a morosidade processual é uma "preocupação de todos os agentes da justiça", mas assumiu que "há temáticas e investigações cuja duração exige mais tempo perante a complexidade das situações".

"Só quando chegarmos ao final é vamos conseguir avaliar se foi ou não moroso", afirmou Joana Marques Vidal, acrescentando que "o tempo útil do processo tem a ver com a complexidade dos factos criminosos e o procedimento de tramitação prevista na lei, os prazos processuais que estão em causa que são distintos de uns casos para outros" e "tudo isso é tido em atenção".

O Ministério Público acusou na quarta-feira o antigo primeiro-ministro José Sócrates de 31 crimes de corrupção passiva de titular de cargo político, branqueamento de capitais, falsificação de documentos e três de fraude fiscal qualificada.

O empresário e amigo de Sócrates Carlos Santos Silva foi acusado de 33 crimes, entre os quais corrupção passiva de titular de cargo político, corrupção ativa de titular de cargo político, branqueamento de capitais, falsificação de documento, fraude fiscal e fraude fiscal qualificada e o ex-presidente do BES Ricardo Salgado de corrupção ativa de titular de cargo político, corrupção ativa, branqueamento de capitais, abuso de confiança, falsificação de documento e fraude fiscal qualificada.

O antigo presidente da PT Zeinal Bava está acusado de cinco crimes de corrupção passiva, branqueamento de capitais, falsificação de documento e fraude fiscal qualificada, enquanto Henrique Granadeiro, ex-administrador da PT, está acusado de corrupção passiva, branqueamento de capitais, peculato, abuso de confiança e fraude fiscal qualificada.

O ex-ministro e antigo administrador da Caixa Geral de Depósitos Armando Vara foi acusado pelo MP de corrupção passiva de titular de cargo político, branqueamento de capitais e fraude fiscal qualificada.

No inquérito Operação Marquês foram acusados 28 arguidos, 19 pessoas e nove empresas, num total de 188 crimes.

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