Ambientalistas tentam chegar a raposa doente em Tavira e fazem apelo
Ambientalistas pedem à população que não alimente estes animais selvagens. Além de comprometer o seu estado de saúde, complica o trabalho das equipas que estão no terreno a tentar resgatá-los.
© Pixabay
País Algarve
Nos últimos dias foram avistadas três raposas (a mãe e duas crias) na praia de Cabanas de Tavira, no Algarve. Estando um dos animais aparentemente doente, as entidades competentes (ICNF, equipa do SEPNA da GNR, Polícia Marítima, entre outras) tentam proceder à sua captura pelo menos desde segunda-feira. Tais esforços não foram bem-sucedidos, de acordo com as últimas informações de ontem. Pede-se, por isso, a colaboração de todos.
Neste sentido, o Centro de Recuperação e Investigação de Animais Selvagens, o RIAS – entidade também envolvida desde a primeira hora – alerta a população que “os animais não devem ser alimentados e o contacto e/ou interacção com humanos deve ser evitado ao máximo”, dado que “a sobrevivência de um animal selvagem, numa situação como esta pode ficar gravemente comprometida, pois a habituação ao Homem pode ser irreversível”, lê-se num comunicado do RIAS.
No caso concreto destas raposas, detalham, a alimentação errada, disponibilizada pelas pessoas, é uma das causas para o seu estado de saúde. É, aliás, essa alimentação que está também a “prejudicar o processo de captura pelas autoridades competentes”. “Este caso tem sido, infelizmente, um exemplo do que não deve ser feito na presença de um animal selvagem. Apesar da boa vontade de toda a gente, estas situações devem ser tratadas pelas autoridades e pelos seus técnicos especializado”.
A Animal faz o mesmo apelo à população. “Ainda que com boas intenções, existem pessoas que têm alimentado a referida raposa e interferido na manutenção das jaulas para a captura (que será o melhor método para o efeito, uma vez que disparar dardos tranquilizantes poderá ter um efeito nefasto estando o animal tão debilitado)”. (...) Claro que as pessoas têm sido excelentes nas denúncias e tudo o mais, mas por vezes, ao tentar ajudar, na verdade, a situação piora”.
Em suma, concretiza a Animal, as pessoas sentem pena da raposa e por isso fecham as jaulas, mas isso só a prejudica. “Este é, no momento, o método mais seguro para a sua vida e não está a resultar por conta deste ‘boicote’. Pedimos, assim, a quem possa ler e tenha conhecimento destas acções, para que, por favor, não o faça”.
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