Distribuição espera que lista de medicamentos sem receita seja alargada
A diretora-geral da Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED) afirmou hoje que o setor tem a "expectativa" de que seja alargada a lista de medicamentos não sujeitos a receita médica comercializados nos seus espaços.
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País APED
"A expectativa do setor da distribuição" é de que "haja aqui um caminho que se faça no sentido de aumentarmos a lista dos produtos dos medicamentos não sujeitos a receita médica que podem ser vendidos e comercializados no espaço da distribuição", afirmou a diretora-geral da APED, Ana Isabel Trigo Morais, na apresentação do barómetro de vendas do primeiro semestre, que decorreu hoje em Lisboa.
Segundo a responsável, "é expectativa dos associados da APED e do setor que os reguladores, nomeadamente o Ministério da Saúde e o Infarmed, revejam esta lista de medicamentos que podem ser vendidos nestes espaços de saúde [da distribuição] e que, à semelhança daquilo que acontece noutros países que começaram a experiência há muotos mais anos, nós possamos ter uma oferta ao consumidor mais diversificada, sempre no cumprimento do que são os requisitos para a realização desta venda", acrescentou.
Ana Isabel Trigo Morais sublinhou ainda que a venda dos medicamentos não sujeitos a receita médica (MNSRM) "é apoiada por profissionais que estão na loja devidamente certificados e devidamente preparados para o aconselhamento do consumidor", além de que a APED entende que este "já tem uma certa maturidade neste tipo de produtos".
Segundo o barómetro da APED, as vendas de MNSRM cresceram 3% em 2016, face a 2015, para 291,4 milhões de euros, sendo que nas farmácias esta subida foi de 1,8%, enquanto nos espaços de saúde foi de 9,1%.
"Os preços dos MNSRM são consideravelmente inferiores nos espaços de saúde", refere o barómetro da APED, salientando que "há 588 os pontos de venda dos associados neste segmento".
Nos primeiros seis meses do ano, o retalho alimentar registou um crescimento das vendas de 3,3% para 5.240 milhões de euros, sendo que a subida do não alimentar foi superior, de 4,5%, para 3.727 milhões de euros, de acordo com o barómetro da APED.
No total, as vendas do retalho alimentar e não alimentar aumentaram 3,8% para 8.967 milhões de euros.
No segmento alimentar, por categorias de produtos, as vendas de bebidas foram as que mais cresceram em termos homólogos (+10%), seguida dos congelados (+5,4%), perecíveis (+4,4%), mercearia (+3,9%), higiene e limpeza (+3,4%) e laticínios (+0,6%).
Questionada sobre esta subida do setor dos laticínios, setor que tem estado em queda nos últimos anos, Ana Isabel Trigo Morais disse ser "cedo para explicações", mas recordou o trabalho que a APED tem feito com a fileira no sentido de "promover o leite e os seus benefícios".
"Esta fileira está a fazer um trabalho importante que é de valorização e de diferenciação do seu produto", salientou, apontando que estão a ser feitos ajustes à oferta.
Por isso, apesar da subida "ténue", "está aqui um sinal", concluiu Ana Isabel Trigo Morais.
Relativamente ao segundo semestre, a diretora-geral espera que "o consumo" no retalho "continue nesta tendência de crescimento".
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