Português descreve nova espécie dos mais antigos plesiossauros
Uma nova espécie de plesiossauro, réptil marinho, foi descrita pelo paleontólogo português Ricardo Araújo num artigo publicado hoje na revista científica Palaeontographica, a partir de fósseis do mais antigo plesiossauro descoberto até agora.
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"O crânio e as vértebras cervicais têm características morfológicas únicas, diferentes de outros plesiossauros", justificou à agência Lusa Ricardo Araújo, especialista nesta família de répteis marinhos.
O estudo foi elaborado em coautoria com o inglês Adam Smith.
O crânio e o pescoço quase completos deste animal tinham sido encontrados na década de 1960 pelo alemão Kurt Wiedenroth na costa de Dorset, sul de Inglaterra, onde foram descobertos os primeiros fósseis de répteis marinhos da história da paleontologia.
O alemão acabou por doar os fósseis a um museu em Hannover, norte da Alemanha.
Passados mais de 50 anos, coube ao português Ricardo Araújo, paleontólogo do Instituto Superior Técnico, e ao inglês Adam Smith, do Museu de História Natural de Nottingham, o estudo e a descrição do exemplar, que continuava sem ser classificado.
Trata-se de um dos mais antigos plesiossauros que se conhece em todo o mundo. Terá vivido há 200 milhões de anos no período Sinemuriano, durante o Jurássico.
"Era um animal gigantesco, um predador de topo, tinha mais de 6,5 metros (de comprimento), era equivalente a um grande tubarão branco, com uns dentes muito maiores do que este", descreveu o português.
Os investigadores batizaram a nova espécie como 'Thaumatodracon wiedenrothi'. Em grego, 'Thaumatodracon' significa 'dragão maravilha', designação resultante do fascínio exercido nos investigadores pelo "animal que dominava completamente os mares há 200 milhões de anos".
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