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Olimpíadas de Matemática, vindimas ecológicas e Ópera na Prisão premiadas

Os vencedores dos prémios nacionais Gulbenkian 2017 são a Sociedade Portuguesa de Matemática, a Associação para o Desenvolvimento da Viticultura Duriense (ADVID) e a Sociedade Artística Musical dos Pousos, promotora de projetos como Ópera na Prisão, foi hoje anunciado.

Olimpíadas de Matemática, vindimas ecológicas e Ópera na Prisão premiadas
Notícias ao Minuto

19:50 - 18/07/17 por Lusa

País Gulbenkian

Os prémios foram atribuídos nas categorias de "Conhecimento", "Sustentabilidade" e "Coesão", respetivamente, a estas três entidades, de acordo com o comunicado da Fundação Calouste Gulbenkian, hoje divulgado.

As três categorias, no valor de 50 mil euros cada, "correspondem às áreas prioritárias em que a Fundação vai intervir nos próximos anos", avança ainda a Fundação Calouste Gulbenkian, que este ano passou a ser presidida por Isabel Mota.

O júri dos prémios nacionais foi presidido por António Feijó, e conta com nomes como Henrique Leitão, Miguel Tamen, João Ferrão, Paula Guimarães, Teresa Mendes e Sofia Guedes Vaz.

Na base da decisão do júri em atribuir o Prémio Gulbenkian à Sociedade Portuguesa de Matemática, na área do "Conhecimento", estão as Olimpíadas de Matemática, uma iniciativa educativa que há mais de três décadas promove o gosto por esta disciplina.

Organizada desde 1983, de uma forma cada vez mais "ampla e sólida", de acordo com o júri, esta iniciativa tem vindo a conseguir colocar dezenas de milhares de alunos do ensino básico e secundário em contacto com a matemática, "num ambiente estimulante e criativo".

O júri salientou ainda o facto de as Olimpíadas constituírem oportunidades preciosas para os docentes desenvolverem, nos seus alunos, a par das aulas, "um interesse mais profundo pela disciplina", permitindo também identificar jovens talentos nesta área.

Na área da "Sustentabilidade", os esforços desenvolvidos pela Associação para o Desenvolvimento da Viticultura Duriense (ADVID) para reduzir a pegada ecológica dos viticultores seus associados mereceu o aplauso do júri do Prémio Gulbenkian.

A ADVID agrega 175 empresas de vinho da região demarcada do Douro e trabalha em parceria com 75 entidades académicas, públicas, e associações empresariais.

Os projetos e estudos que tem vindo a promover no âmbito dessas parcerias têm contribuído, salienta o júri, para o "desenvolvimento sustentável da vitivinicultura".

Na área da "Coesão", o júri premiou a Sociedade Artística Musical dos Pousos, uma instituição com 143 anos, que desenvolve projetos no campo da integração social pela arte.

O júri sublinhou "a originalidade, a consistência e o caráter inovador" da sua ação, com particular destaque para os programas dedicados aos idosos, desde a musicoterapia para pessoas com Alzheimer ou a necessitar de cuidados paliativos, até à prática musical em comunidade.

Um dos projetos desenvolvidos por esta Sociedade foi apoiado pela Fundação Gulbenkian, no âmbito do Programa Partis.

Trata-se do programa Ópera na Prisão, que envolveu reclusos do Estabelecimento Prisional Regional de Leiria que, sob a direção de Paulo Lameiro, diretor artístico da Sociedade, participaram numa produção da ópera "D. Giovanni", de Mozart, que culminou com uma representação no palco do Grande Auditório Gulbenkian, no verão do ano passado.

Os prémios Gulbenkian serão entregues numa cerimónia presidida pelo presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, a realizar no Anfiteatro ao Ar Livre, no Dia Calouste Gulbenkian, 20 de julho, quinta-feira, às 18:00, e terminará com um concerto pela Orquestra Gulbenkian dirigida pelo maestro José Eduardo Gomes com obras de Ludwig van Beethoven e Jennifer Higdon.

Às 21:30 será a vez da fadista Gisela João atuar no Grande Auditório da Fundação, para um concerto que marcará também o encerramento da iniciativa Jardim de Verão, que tem vindo a apresentar concertos, leituras, exposições e cinema.

A entrada é livre para ambos os espetáculos, sujeita ao levantamento de bilhete e à lotação do espaço.

O Prémio Calouste Gulbenkian foi atribuído pela primeira vez em 2012 à West-Eastern Divan Orchestra, a formação liderada por Daniel Barenboim, fundada com o ensaísta de origem palestiniana Edward Said, tendo nos anos seguintes contemplado, respetivamente, a Biblioteca de Alexandria (2013), a Comunidade de Santo Egídio (2014), o médico congolês Denis Mukwege (2015), que tem dedicado a sua vida a assistir mulheres vítimas de violação, na República Democrática do Congo, e a Fundação Amazonas Sustentável (2016).

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