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Cerca de 60 agentes da Polícia Marítima em novas missões no Mediterrâneo

Os agentes da Polícia Marítima vão participar, entre maio e outubro, em missões europeias de vigilância marítima e combate à criminalidade no mar, em Itália e na Grécia, preparados também para a busca e salvamento marítimos.

Cerca de 60 agentes da Polícia Marítima em novas missões no Mediterrâneo
Notícias ao Minuto

19:02 - 27/04/17 por Lusa

País Vigilância

Na cerimónia que assinalou a partida destes elementos da PM, o secretário de Estado da Defesa Nacional, Marcos Perestrello, sublinhou que as missões de vigilância e controlo de fronteiras "muitas vezes se transformam também em missão de salvamento marítimo".

"Esta é uma missão difícil, porque carrega as dores de homens e mulheres como nós, testa as nossas emoções e a nossa compaixão e, sobretudo, a nossa capacidade, talvez portuguesa, de socorrer sem olhar a quem", disse.

Em declarações à Lusa, o comandante-geral da Polícia Marítima, vice-almirante Sousa Pereira, explicitou que uma equipa iniciará a missão a 1 de maio a partir da Ilha de Lesbos, Grécia, no mar Egeu, com 11 agentes da PM e dois militares da Marinha, que serão sucessivamente rendidos até outubro, num total de 42 elementos.

Tal como no ano passado, em que foram salvos 3.500 refugiados que faziam a travessia do mediterrâneo em direção à Europa em embarcações precárias, esta missão tem também "um enfoque na busca e salvamento marítimo", disse.

"A grande responsabilidade, a primeira que temos, no mar é salvar vidas", sublinhou, acrescentando que este ano, para além da missão de controlo de fronteiras, a atuação da PM portuguesa "não se restringe ao controlo de fronteiras ou à busca e salvamento, englobando também a vigilância, a fiscalização costeira e o combate a ilícitos".

Uma outra missão, designada Triton, vai decorrer de 01 de junho a 31 de julho, num total de 15 elementos da equipa de Operações Táticas da PM, no sul de Itália, mais focada no "combate à criminalidade no mar, o combate ao narcotráfico", disse.

A cerimónia, na sede da Marinha, Lisboa, contou com o diretor da Plataforma de Apoio aos Refugiados, Rui Marques, e com a porta-voz do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados, Melissa Fleming, que está em Portugal para apresentar o seu livro "Uma esperança mais forte que o mar", Porto Editora.

Na sua obra, Melissa Fleming conta a história dramática de uma refugiada síria, Doaa al-Zamel, uma das poucas sobreviventes de uma travessia do mar Mediterrâneo, num barco com 500 pessoas, das quais cem crianças.

Numa breve intervenção, Melissa Fleming agradeceu às forças portuguesas, considerando que "o que estão a fazer é uma missão nobre" porque promove a segurança mas também porque salva vidas.

"Ninguém que é vítima de perseguição deveria ter que morrer enquanto procura salvar-se", disse.

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