Protesto táxis: PSP justifica alterações com mobilidade e segurança
A Polícia de Segurança Pública (PSP) recusou hoje as acusações de que as alterações propostas aos taxistas pretendam condicionar a manifestação marcada para segunda-feira, contra aplicações móveis de transporte de passageiros.
© Lusa
País Lisboa
Segundo o comissário Sérgio Soares, do Comando Metropolitano de Lisboa da PSP, em declarações à Lusa, as alterações propostas aos taxistas pretendem apenas facilitar a chegada de viaturas ao local do protesto, que parte do Parque das Nações, em Lisboa, e termina em frente à Assembleia da República.
Os representantes do setor do táxi acusaram hoje a PSP de querer "partir a manifestação" de segunda-feira, em Lisboa, ao impor condições relativamente aos taxistas que vêm do norte e do sul do país.
Em relação às viaturas com origem do sul do país, o responsável da PSP acrescentou que os condicionamentos são justificados com questões de segurança na Ponte 25 de Abril.
"A PSP está a levantar problemas que não fazem sentido. Nós discordamos e mantemos o mesmo itinerário. Declinamos qualquer responsabilidade do que venha a acontecer", afirmou hoje o presidente da Federação Portuguesa do Táxi, Carlos Ramos, após uma reunião com a PSP no Comando Metropolitano de Lisboa, em Moscavide (Loures).
Os taxistas pretendem que os veículos provenientes do norte se desloquem até à Rotunda do Relógio, em Lisboa, para depois se juntarem aos colegas no Parque das Nações, mas a polícia "quer desviá-los em Santa Iria da Azóia [no vizinho concelho de Loures] para o IC2 [itinerário complementar]", referiu o presidente da Associação Nacional dos Transportadores em Automóveis Ligeiros (ANTRAL), Florêncio Almeida.
Em relação às viaturas oriundas do sul, acrescentou, as associações definiram uma saída conjunta, com batedores, mas a PSP quer antes que se desloquem em "pequenos grupos de 10 ou 15 viaturas".
Os taxistas aceitaram a indicação policial de, na Baixa de Lisboa, vindos da Rua do Ouro, não passar na Rua do Arsenal, atualmente em obras, e ir ao Campo das Cebolas para se dirigirem ao Cais do Sodré, rumo à Assembleia da República, em S. Bento.
O presidente da ANTRAL ressalvou ainda que "os taxistas não estão contra as plataformas 'online' de transportes de passageiros, mas exigem "regras iguais para todos".
O protesto nacional inicia-se às 7h00 com uma concentração no Parque das Nações, seguindo depois, pelas 8h30, com as viaturas em desfile até à Assembleia da República.
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