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Matadouro Regional do Zêzere fecha portas por insolvência

O Matadouro Regional do Zêzere, no concelho de Pedrógão Grande, distrito de Leiria, encerrou portas devido a insolvência, confirmou hoje à agência Lusa o presidente do município, Valdemar Alves.

Matadouro Regional do Zêzere fecha portas por insolvência
Notícias ao Minuto

10:27 - 03/08/16 por Lusa

País Pedrógão Grande

uma situação que se arrasta há já algum tempo. Na sexta-feira, os proprietários pediram a insolvência judicial e aguarda-se a chegada do gestor de insolvência", adiantou o autarca.

O matadouro pertencia à rede nacional de abate e abrangia vários concelhos dos arredores de Pedrógão Grande.

"Agora quem quiser abater gado nestes concelhos limítrofes terá de ir a Tomar, Leiria ou Oliveira do Hospital. Nunca farão uma distância inferior a 80 quilómetros. Terão de levar o gado para ser abatido e depois voltar lá para ir buscar a carne", constatou Valdemar Alves (PSD).

O presidente da autarquia alertou ainda para as consequências desta situação, que poderá provocar um aumento do custo da carne para o consumidor.

"Se já vários talhos têm vindo a fechar, porque não conseguem praticar preços melhores que as grandes superfícies, agora ainda será pior", disse.

No matadouro trabalhavam atualmente 35 pessoas, residentes, sobretudo, nos concelhos de Pedrógão Grande, Figueiró dos Vinhos e Sertã.

"Para uma região de baixa densidade como a nossa é uma situação bastante desagradável. Ninguém investe aqui e o flagelo do desemprego será muito grave para as famílias. Sei que os ordenados estão pagos até 31 de julho e já falei com os meus colegas das câmaras à volta para tentar ver de que forma podemos ajudar", salientou Valdemar Alves.

O presidente da câmara municipal adiantou ainda que está a tentar encontrar soluções junto de algumas entidades e já estabeleceu contactos com um investidor ligado às grandes superfícies.

"O matadouro é antigo e precisa de se modernizar para a sua rentabilidade, o que não impede que se possa investir, adquirindo financiamento", através do programa comunitário Portugal 2020, referiu.

No portal dos tribunais, está publicitado que a insolvência foi declarada em janeiro de 2016 pela 1.ª Secção de Comércio, do Tribunal da Comarca de Leiria e em assembleia de credores foi aprovado um plano de recuperação da empresa. No entanto, o Processo Especial de Revitalização "não terá resultado", adiantou Valdemar Alves.

Segundo a lista provisória de créditos, publicada no Citius, em julho de 2015, 108 credores reclamavam uma dívida de cerca de 1,2 milhões de euros, dos quais 99 mil euros são créditos "não reconhecidos".

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