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Jornada Mundial da Juventude será marcada pela festa e interioridade

A Jornada Mundial da Juventude (JMJ), que se realiza de 26 a 31 deste mês, em Cracóvia, no sul da Polónia, "é uma festa, e haverá alegria, mas tem também interioridade", destacou o padre Eduardo Novo.

Jornada Mundial da Juventude será marcada pela festa e interioridade
Notícias ao Minuto

07:25 - 25/07/16 por Lusa

País Padre

O diretor do Departamento Nacional da Pastoral Juvenil da Igreja Católica, Eduardo Novo, em declarações à agência Lusa, realçou o facto de o momento de adoração do Santíssimo, um período de silêncio que "é de grande interiorização com Deus", ser "um dos mais desejados pelos jovens".

"Aquilo que os jovens mais privilegiam e mais têm insistido para que esteja no programa é o momento de silêncio e a adoração ao Santíssimo [Sacramento], é esta a radicalidade do testemunho e da escuta na intimidade", disse.

"A capacidade de nos deixarmos surpreender na ação que é sinal de missão, em que cada jovem interioriza, na sua intimidade com Deus, este seu compromisso, e isso acontece, não tenho dúvidas. E isto é alento, é a força no caminho, a força nas nossas vidas e a alegria que nos motiva", declarou.

Em Cracóvia, estarão cerca de 7.000 jovens portugueses, entre os dois milhões de jovens esperados, segundo recentes números, divulgados pelo Vaticano.

A JMJ é "um tempo de reflexão e de reforço do compromisso com Deus", disse o sacerdote que acrescentou: "A Igreja e a sociedade esperam por nós, e a vocação, que significa chamamento de Deus, é essa a resposta que cada um dá a Deus".

"Levar essa chama do amor de Deus a todo o lado, aos ambientes da vida diária, até aos confins da terra, é essa a grande missão, essa grande vocação de cada cristão", disse Eduardo Novo, que acredita que a JMJ incentiva o despertar de vocações para o serviço da Igreja Católica.

O responsável advertiu que "as vocações não são apenas sacerdotais", são também fundamentais, "as vocações religiosas e laicais, e o matrimónio".

"Acredito vivamente que haja um renovamento do compromisso, enquanto cristão, na transformação da sociedade e da Igreja e daquilo que é o sentido da vocação", afirmou Eduardo Novo.

A JMJ irá dar "impulso a um 'redespertar' e um renovar, em cada jovem, no crescer na sua intimidade com Deus e colocando-se nesta disponibilidade à escuta, e Deus apontará caminhos, e isso acontece na Jornada", afirmou.

O papa Francisco irá estar presente na JMJ, e Eduardo Novo tem a expectativa de que o pontífice "vai falar da importância dos jovens, para não se conformarem".

"Se me permitisse, desafiava o Santo Padre a que ele continuamente dissesse aos jovens: 'não te conformes, transforma-te'", afirmou.

O papa Francisco vai estar em Cracóvia, a partir de 27 de julho, e tem previsto visitar os campos de concentração nazis de Auschwitz e Birkenau.

Francisco, que não conhece a Polónia, vai celebrar cerimónias como a vigília e a missa, no Campus da Misericórdia, um local criado para a ocasião, onde a organização espera receber cerca de dois milhões de jovens, anunciou em conferência de imprensa o porta-voz do Vaticano, Federico Lombardi, na passada quarta-feira.

De acordo com o porta-voz da Conferência Episcopal Polaca, presente no encontro com os jornalistas, estão oficialmente inscritas 335 mil pessoas, oriundas de todo o mundo, mas muitos vão para a Polónia por conta própria.

Federico Lombardi, que acompanha pela última vez o papa antes de se retirar, em agosto, afirmou que Francisco chega ao aeroporto João Paulo II de Cracóvia, às 16:00 (15:00 em Lisboa), no dia 27, seguindo para o palácio de Wawel, para um encontro com as autoridades polacas.

No local, pronuncia o primeiro discurso da visita e reúne-se com o Presidente polaco, Andrzej Duda. Em seguida, o papa será recebido na catedral da cidade pelo cardeal-arcebispo de Cracóvia, Stanislaw Dziwisz, antigo secretário de João Paulo II.

Naquela catedral decorrerá um encontro informal, sem discursos e à porta fechada, com os bispos locais.

A novidade desta viagem é a saudação do papa, todas as tardes, a partir de uma janela do palácio do arcebispado de Cracóvia, onde fica alojado.

Em outras ocasiões, a saudação do papa aos presentes era algo espontâneo, mas agora foi decidido organizar estas saudações e, todas as tardes, além das pessoas que esperam ver Francisco, um grupo de peregrinos, como de doentes e de recém-casados, será convidado a estar presente.

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