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"Honra de Sócrates tem de ser reparada e a curto prazo"

O advogado de José Sócrates descreve o antigo governante como um “exemplo de força, dignidade e amor à liberdade”.

"Honra de Sócrates tem de ser reparada e a curto prazo"
Notícias ao Minuto

11:22 - 05/09/15 por Pedro Filipe Pina

País João Araújo

Os advogados de José Sócrates marcaram para este sábado de manhã uma conferência de imprensa, na sequência da alteração da medida de coação aplicada a José Sócrates, que abandonou ontem o Estabelecimento Prisional de Évora e se encontra agora em prisão domiciliária.

Falando da alteração de medida de coação, diz João Araújo que “não é uma vitória” mas que demonstra uma “derrota” por parte da acusação.

“Este processo não tem sentido, não tem razões sérias, não há factos, não há provas e ao fim de nove meses não há acusação”, afirmou. E foi ainda mais longe: “quanto mais o tempo passa, mais a prova se consolida. Apresentá-la é que não”, ironizou, acrescentando que tal se verifica “porque o Ministério Público não tem provas e não pode deduzir acusação”.

Na conferência de imprensa, João Araújo realçou que será interposto recurso “de uma decisão que não nos satisfaz” e que o objetivo seguinte passa por “demonstrar que toda esta Operação Marquês não tinha realmente fundamento sério e que a honra de José Sócrates tem de ser suficientemente reparada, e a curto prazo”.

Ainda relativamente à prisão domiciliária agora aplicada, que marcou a saída de José Sócrates da cadeia, cerca de nove meses após a sua detenção por suspeitas de corrupção, diz o advogado do ex-primeiro-ministro que “este é o significado dos factos de ontem: começou, em prestações suaves, a bater em retirada”, diz sobre a acusação, explicando que a nova medida de coação foi “um golpe de imagem para [a acusação] mostrar que está a fazer alguma coisa”.

“Tenta-se agora fazer passar a ideia de que está tudo na mesma, mas isto é apenas uma manobra de propaganda destinada a fingir que está tudo na mesma. Mas não está”, assegura.

“Este processo nasceu ‘amamentado’ pela história do Grupo Lena (…) mas parece, pelo menos a julgar pelos jornais da Procuradoria, que o Grupo Lena já foi chão que deu uvas”, criticou ainda João Araújo, acrescentando que depois das acusações em torno do Grupo Lena, surgiu nova “invenção”, que descreve como “patética”, sobre as suspeitas em torno do negócio de Vale do Lobo.

“Estou certo que dentro de pouco tempo Sócrates poderá estar numa sala como esta, a falar para todos vós”, disse ainda aos jornalistas presentes, mostrando-se confiante de que não será deduzida acusação.

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