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Câmara reduz dois milhões de euros à dívida num ano
O presidente da Câmara de S. Pedro do Sul, Vitor Figueiredo, fez hoje um balanço positivo do seu primeiro ano de mandato, durante o qual a dívida da autarquia foi reduzida em cerca de dois milhões de euros.
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País S. Pedro do Sul
Em declarações à agência Lusa, o autarca contou que o executivo encontrou "muitas surpresas" quando chegou à Câmara, uma das quais a dívida de 26 milhões de euros.
Segundo Vitor Figueiredo, do total da dívida, 12 milhões de euros são referentes à Câmara e 14 milhões de euros à empresa Termalistur, responsável pela gestão das termas e que é detida a 100% pela autarquia.
"Ao fim de um ano de mandato já conseguimos reduzir essa dívida em cerca de dois milhões de euros. Dois milhões para quem gasta cerca de metade do orçamento em pessoal é uma redução significativa apenas num ano", frisou.
Este feito foi conseguido "com muito sacrifício" e o recurso a medidas como fechar instalações pelas quais a Câmara tinha de pagar renda e concentrar todos os funcionários no mesmo edifício, acrescentou.
"Acabámos também, por exemplo, com situações em que funcionários levavam carros para casa à hora de almoço. Ou seja, reduzimos um bocadinho aqui, um bocadinho ali e conseguimos", realçou.
Vitor Figueiredo admitiu que a redução da dívida também foi feita "à custa do sacrifício das pessoas, que perceberam que há necessidade de parar um pouco com as obras para poupar".
Quando o novo executivo chegou à Câmara, encontrou 429 funcionários, que entretanto já foram reduzidos para 404, devido a cessação de contratos e a reformas.
"Se o Estado nos impuser redução de pessoal, aí seremos obrigados, mas neste momento não queremos avançar por aí", garantiu.
Outro problema que o autarca disse ter encontrado foi o da Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR), que está "completamente obsoleta", não existindo peças sobresselentes para substituir.
"Temos sérias preocupações com a ETAR, porque cada vez que avaria pode fazer descargas diretas para o rio, o que não deve acontecer, porque é um crime ambiental", sublinhou.
Vitor Figueiredo avançou que, em conjunto com o município vizinho de Vouzela, está a ser elaborada uma candidatura a fundos comunitários com vista à construção de uma nova ETAR.
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