'Candidato abstenção' também suplanta Seguro
No rescaldo das eleições primárias socialistas fica para a posteridade a criação, pela primeira vez em Portugal, de umas eleições para eleger o candidato de um partido ao cargo de primeiro-ministro. Lançadas por António José Seguro, as primárias deram uma grande vitória a António Costa, mas o antigo líder socialista também perdeu, escreve o Observador, para outro habitual ?candidato? de todas as eleições em geral: a abstenção.
© Global Imagens
País Primárias
As primárias de ontem deram uma vitória a António Costa sobre António José Seguro. Porém, no rescaldo dos resultados eleitorais, refere o Observador, o antigo líder socialista também perdeu para outro ‘partido’: o da abstenção.
Nas contas finais, António Costa conseguiu recolher a simpatia de 118.272 socialistas e Seguro, que liderava o partido e tinha lançado as primárias, apenas 55. 171 votos. Estes números deram uma expressiva vantagem ao autarca lisboeta, que conseguiu quase 70% dos votos apurados.
Mas houve um 'habitué' de quase todos os exercícios eleitorais que também recebeu inúmeros votos. É que os militantes e simpatizantes que se abstiveram de votar chegaram aos 73.803.
Mas há mais. Se somados os votos de Seguro e dos 'não votantes', como se de uma coligação se tratasse, apenas assim o líder rosa conseguiria suplantar Costa, obtendo 128.974 votos.
Na matemática da vitória e derrota deu ainda margem para mais um resultado expressivo. É que das 23 federações apuradas apenas uma teve um resultado favorável a Seguro, a da Guarda, sendo que o secretário-geral perdeu em todas as outras. O resultado de vitória mais expressivo chegou, como seria expetável, da capital, conseguindo o autarca 86,9% dos votos.
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com