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Médicos. "Não vou discutir o que estamos a tratar. Criaria dificuldades"

A proposta que o Executivo enviou aos médicos prevê um aumento salarial de 1,6% na grelha salarial, algo que o dirigente do Sindicato Independente dos Médicos, já garantiu que será recusado.

Médicos. "Não vou discutir o que estamos a tratar. Criaria dificuldades"
Notícias ao Minuto

15:21 - 27/07/23 por Teresa Banha

País Manuel Pizarro

O ministro da Saúde, Manuel Pizarro, recusou, esta quinta-feira, comentar a proposta enviada aos médicos, com quem se encontra em negociações, com encontro marcado para sexta-feira.

"Não vou discutir na opinião pública algo que estamos a tratar. Seria criar dificuldade ao entendimento", referiu o governante em declarações aos jornalistas, no Hospital São José, em Lisboa.

Pizarro garantiu que estava "empenhado" nas reuniões com os sindicatos, com quem se reunirá amanhã, cerca de 24h depois de ter enviado uma proposta aos grupos sindicais. Segundo o secretário-geral do Sindicato Independente dos Médicos, Jorge Roque da Cunha, o Executivo propôs um aumento na grelha salarial na ordem dos 1,6%. O responsável garantiu que "não iam aceitar", e que seria apresentada uma contraproposta. 

O ministro disse, no entanto, que poderia detalhar algumas das propostas já feitas, falando na generalização das USF modelo B nos cuidados de saúde primários. "Significa um aumento para os profissionais envolvidos da ordem dos 60%", referiu. 

"As negociações fazem-se à mesa das negociações", reforçou, confrontando, mais uma vez, com a proposta apresentada nas últimas horas. "A preocupação do ministro da Saúde é melhorar os cuidados de saúde aos portugueses", atirou, falando num crescimento de consultas ou cirurgias, por exemplo.

Questionado sobre o veto de um diploma por parte do Presidente da República, Marcelo rebelo de Sousa, no qual estava sublinhada também a importância do setor pelo qual é responsável, Pizarro disse: "O Governo já tomou uma decisão na reunião de Conselho de Ministros desta manhã e a ministra da Presidência já informou o país". O governante referia-se à decisão de "reapreciação" por parte do Governo e novo envio para Belém do diploma em questão, vetado na quinta-feira.

Confrontando o facto da maternidade e blocos de partos do Hospital de Braga terem avisado que  não iam ter médicos durante os fins de semana de agosto, Pizarro reforçou que "todo o funcionamento em rede" está assegurado. "Esse anúncio é, sobretudo, a demonstração de que estamos a tratar do funcionamento em rede do Serviço Nacional de Saúde".

Citando os dados do 1.º semestre deste ano, Pizarro disse que "não ocorreu nenhum encerramento que não tivesse sido previamente programa neste esquema de rotatividade". "Não havendo [médicos] no Hospital de Braga não significa que não estejam em funcionamento outras maternidades, às quais de forma complementar as grávidas da cidade e região de Braga não se possam dirigir", explicou, exemplificando com as maternidades de Famalicão, Guimarães, Porto ou Viana do Castelo.

[Notícia atualizada às 15h43]

Leia Também: Proposta a médicos? Prioridade é "melhorar resposta do SNS", diz Governo

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