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Juntas começam a resolver problemas esquecidos pela Câmara

As juntas de freguesia de Lisboa receberam há um mês competências e equipamentos que estavam sob a alçada municipal e neste período começaram a resolver problemas que aguardavam uma solução por parte da câmara.

Juntas começam a resolver problemas esquecidos pela Câmara
Notícias ao Minuto

10:56 - 10/04/14 por Lusa

País Lisboa

Há cinco anos que no posto de limpeza de Carnide os trabalhadores aguardavam por uma caldeira para que pudessem tomar banho de água quente, recordou o encarregado daquele posto, Carlos Pinheiro.

Com a passagem da competência da limpeza urbana (e da gestão dos postos de limpeza) do município para as 24 freguesias lisboetas, que se iniciou a 10 de março, uma das primeiras medidas tomadas neste mês pelo presidente da Junta de Carnide, Fábio Sousa, foi a substituição do velho esquentador por uma caldeira.

"Se é para assumir as competências que seja com dignidade e responsabilidade. Se criticamos tantas vezes as coisas que a câmara não fez não podemos ser como eles", disse o autarca da CDU à agência Lusa.

Fábio Sousa disse que os equipamentos transferidos para a junta de Carnide "não estavam em condições" e, por isso, admitiu intervir em todos eles, "mas em momentos diferentes". Para já, fechou a Biblioteca Natália Correia para obras, cujos encargos serão assumidos pela junta.

Por sua vez, a presidente da junta de Benfica, Inês Drummond, avançou, logo no primeiro dia de passagem de competências, com a reparação de um "buraco enorme que dificultava a entrada de carros" no posto de limpeza.

"Há sempre coisas que pela proximidade poderemos dar uma resposta mais eficaz. Há outros pequenos acertos que já estamos a fazer, como pintar salas e melhorar os computadores. São pequenas coisas que a câmara, por ter uma máquina muito grande e pesada, demorava algum tempo a dar resposta", considerou a autarca socialista.

Sofia Covas, moradora de Benfica, admite que no caso da limpeza e varredura das ruas, uma das bandeiras da reforma administrativa liderada por António Costa, "não nota grande diferença". A diferença está nos "melhoramentos dos acessos", como passadeiras e passeios.

Por sua vez, Paula Damião, utente da piscina municipal do Rego, que foi transferida do município para a junta de freguesia das Avenidas Novas notou algumas mudanças no funcionamento daquele equipamento, a nível de métodos de pagamento e de alteração de trabalhadores.

O presidente da Junta das Avenidas Novas, Daniel Gonçalves, apontou "algumas dificuldades" que surgiram, entre elas "deficiências várias na piscina, com equipamentos degradados e inoperacionais".

O autarca social-democrata indicou que a junta está a fazer o levantamento dos custos para a reparação deste e outros equipamentos, como o mercado Bairro de Santos, considerando que, "como é óbvio, são responsabilidade da Câmara de Lisboa".

Este é um entendimento partilhado também pelo presidente da Junta do Parque das Nações, José Moreno. "A Câmara tem de assumir as responsabilidades da falta de manutenção dos equipamentos. Ou repara ou avançamos nós e depois repõe os montantes", disse o autarca eleito por um movimento independente.

A nova freguesia, que uniu território lisboeta e do concelho de Loures, está responsável, há um mês pela Biblioteca Mourão Ferreira e pela Piscina do Oriente. José Moreno disse que o estado geral destes equipamentos é "bom ou razoável", mas que "há obras que têm de ser feitas", como a reparação de vidros ou a falta de manutenção dos extintores.

"Ainda há um caminho a percorrer e coisas a ajustar", disse José Moreno. Uma posição assumida pelos presidentes de junta contactados pela Lusa.

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