Salgueirinha? Obras são exemplo de combate às alterações climáticas
O ministro do Ambiente, Duarte Cordeiro, afirmou hoje que o projeto de regularização da ribeira da Salgueirinha, no Pinhal Novo, em Palmela, é um exemplo do que Portugal pode fazer para se preparar para as alterações climáticas.
© Lusa
"Nós temos que procurar pequenos exemplos de como é que podemos materializar em algo concreto aquilo que fazemos no dia a dia, para nos prepararmos para as alterações climáticas", disse Duarte Cordeiro, na apresentação da segunda fase do projeto, que prevê a regularização da ribeira da Salgueirinha numa extensão de 7,6 quilómetros, entre a Nascente, na Quinta do Anjo, e o vale do Alecrim, no Pinhal Novo, concelho de Palmela e distrito de Setúbal.
"Neste território tínhamos inundações frequentes. Com este investimento nós conseguimos não só controlar, porque passamos a ter uma adaptação a caudais com um maior volume, como podemos naturalizar muitas destas zonas, fazendo com que a natureza retorne a zonas onde, entretanto, tinha desaparecido. É um investimento muito concreto, num território urbano que nós podemos adaptar àquilo que são as alterações climáticas, neste caso chuvas com intensidade de inundações, e torná-lo não só mais resiliente, como também naturalizá-lo e valorizar aquilo que é a biodiversidade", acrescentou.
O presidente da Câmara de Palmela, Álvaro Amaro, adiantou que o investimento estimado para a segunda fase da obra deverá ser de 5 milhões de euros, salientando que se trata de uma intervenção ainda mais complexa do que a primeira fase, por, entre outras razões, abranger territórios com maior densidade populacional.
O autarca palmelense lembrou também que a primeira fase da obra, em fase de conclusão, "teve início a 6 de junho de 2019, e permitiu regularizar a ribeira da Salgueirinha entre o Vale do Alecrim e a foz, na zona da Brejoeira, no Pinhal Novo".
Segundo Álvaro Amaro, foi também uma "obra de grande complexidade", com uma "intervenção ao longo de 5,4 quilómetros e 12 atravessamentos hidráulicos".
"Foi uma intervenção muito delicada, por implicar o atravessamento de propriedades privadas, de uma estrada nacional e por exigir acompanhamento de várias entidades", sublinhou Álvaro Amaro.
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