Diploma do PS sobre Ordens "não é próprio de um país democrático"
Bastonário do médicos garante que o documento é "completamente inaceitável".
© Miguel Guimarães
País Ordem dos Médicos
O bastonário da Ordem dos Médicos está contra o diploma do PS que pretende reforçar a supervisão das Ordens e travar a eleição de antigos sindicalistas à mesma.
Na TVI24, na noite desta terça-feira, Miguel Guimarães defendeu que este diploma é "muitíssimo grave" e que o principal objetivo do PS "é impedir que as Ordens cumpram a sua principal missão, na defesa dos destinatários dos seus serviços, no caso dos médicos, dos doentes".
Para o bastonário, "não há dúvida que há uma ligação direta entre a auditoria que a Ordem dos Médicos fez ao lar de Reguengos do Monsaraz [onde morreram 18 pessoas durante um surto de Covid-19] e começar-se a falar sobre esta situação".
Por isso, os médicos "não aceitam este diploma, de maneira nenhuma". "Nós temos de defender os doentes, as pessoas que estão em casa a ouvir, temos de manter a qualidade dos médicos, da medicina, da atuação ética e deontológica", atirou o bastonário, visivelmente inconformado.
Para Miguel Guimarães o diploma faz com que haja "uma interferência na independência que as Ordens devem ter. É uma coisa completamente inaceitável",
"Não é próprio de um país democrático como é o caso do nosso país. Aliás, nós estamos a ficar cada vez mais próximos da China, o que é pena", acusou o profissional de saúde durante a mesma declaração.
O responsável apela aos profissionais das várias Ordens que "batam o pé" e falem "bem alto" do que está em causa. "Não podemos continuar a assistir a esta situação, que é uma situação totalmente inaceitável", declarou, acrescentando que, "nas entrelinhas deste diploma tem muitas coisas que são graves".
"Nós vamos contestar, vamos contestar juridicamente e vamos contestar publicamente", garantiu ainda Miguel Guimarães antes de terminar a sua intervenção.
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