Associação Académica critica "medidas de apoio inócuas" do Governo
A Associação Académica de Coimbra (AAC) acusou hoje o Governo de uma "operação de charme" com medidas de apoio extraordinário para 2021 que são "inócuas", face aos grandes prejuízos das estruturas estudantis.
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País Covid-19
"Num ato de profundo desconhecimento da realidade atual das associações estudantis, o secretário de Estado [da Juventude e do Desporto], João Paulo Rebelo, vem anunciar um apoio extraordinário de menos de 7.000 euros para 2021, num período em que os prejuízos das associações académicas ascendem a largas centenas de milhares de euros", afirmou a AAC, em nota de imprensa enviada à agência Lusa.
Para a estrutura, os apoios anunciados só podem ser considerados "como uma operação de charme política que em nada beneficia as estruturas representativas dos estudantes das academias portuguesas", devido à sua "inadequação e incapacidade de dar o apoio necessário".
Na nota de imprensa, a AAC vinca que "nunca ignorou a sua responsabilidade social e comunitária e tem vindo a mitigar os impactos sociais e económicos da covid-19", seja na compra de refeições a restaurantes locais para os mais desfavorecidos ou na entrega de alimentos e bens a estudantes e residentes da cidade durante o confinamento.
"Se é o valor consagrado na nova portaria que o secretário de Estado reconhece a uma associação académica centenária, com mais de duas dezenas de trabalhadores, um motor permanente da política, da cultura, do desporto e da formação cívica do país, a AAC só pode lamentar a sua falta de discernimento e a sua incapacidade em responder às efetivas necessidades do movimento associativo estudantil e da juventude portuguesa", criticou.
Na nota de imprensa, a AAC aproveita ainda para convidar o secretário de Estado a visitar a associação e a "encarar no terreno a situação atual" da estrutura.
A pandemia da covid-19 provocou um prejuízo de mais de meio milhão de euros na Associação Académica de Coimbra, com as perdas a centrarem-se sobretudo na falta de receitas pela não realização das festas académicas (cerca de 300 mil euros).
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