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'Operação Vento Norte'. Cocaína estava dissimulada em polpa de morango

Os dois portugueses, entre os seis detidos nesta ação, foram recrutados para entregar a droga na Galiza.

'Operação Vento Norte'. Cocaína estava dissimulada em polpa de morango
Notícias ao Minuto

12:55 - 13/08/20 por Noticias ao Minuto

País PJ

Após ter sido anunciado esta manhã que a Polícia Judiciária (PJ) tinha apreendido 400 quilos de cocaína no Porto de Sines, Norberto Martins, da diretoria do Norte da PJ, adiantou, em conferência de imprensa, mais detalhes sobre esta ação policial, intitulada 'Operação Vento Norte', no âmbito da qual foram detidos seis suspeitos de pertencerem a uma rede de tráfico de droga internacional.

De acordo com o responsável, a cocaína foi encontrada pelas autoridades dissimulada num contentor que tinha "polpa de sumo de morango congelada". O contentor "tinha sido importado legitimamente do Brasil" por um comerciante português que, "seguramente", nunca teve conhecimento da introdução da droga no produto. 

Sobre as seis detenções - quatro suspeitos de nacionalidade espanhola e dois portuguesa -, Norberto Martins reiterou que pelo menos dois dos cidadãos espanhóis são "elementos de grande importância no mercado dos estupefacientes", que "não sujam as mãos". 

Quanto aos dois portugueses, a autoridade acredita que, ao que tudo indica, "foram recrutados para trazer do Porto de Sines a droga, retirarem-na do contentor e entregarem-na na Galiza", com destino ao resto da Europa. 

O diretor da PJ Norte ainda referiu que o mercado ilícito da droga está, neste momento, no mundo inteiro, "em polvorosa". "A cocaína está muito barata nos países que a produzem. Hoje, é possível, por exemplo, comprar na Colômbia um quilo de cocaína por três ou quatro mil euros, o que é um preço absolutamente impensável. (...) É na verdade um mercado apetecível porque a droga está muito barata e aqui na Europa pode ser vendida até 100 vezes mais do que o preço de aquisição", explicou.

Ainda segundo o responsável, as autoridades portuguesas têm feito um "esforço enorme" para estancar este tráfico e vão continuar "a lutar arduamente contra este tipo de criminalidade". Contudo, Norberto Martins recordou que este não é um problema exclusivo de Portugal, referindo que, atualmente, a "Europa é o maior consumidor de cocaína no mundo". Portugal é, sobretudo, um local de passagem de muito cocaína", ressaltou.  

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