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Embaixadora portuguesa está em Beirute, de quarentena no hotel

A embaixadora não residente de Portugal no Líbano encontra-se desde domingo à tarde em Beirute, mas está confinada num hotel da capital libanesa durante 36 horas a aguardar os resultados do teste ao novo coronavírus feito à chegada.

Embaixadora portuguesa está em Beirute, de quarentena no hotel
Notícias ao Minuto

12:34 - 10/08/20 por Lusa

País Beirute

Contactada por telefone pela Lusa desde Lisboa, Manuela Bairos disse a partir de Beirute que as 36 horas terminam hoje à noite e que espera começar a receber cidadãos portugueses residentes no Líbano a partir da manhã de terça-feira.

Manuela Bairos, embaixadora residente de Portugal em Nicósia (Chipre), está em Beirute até quinta-feira para prestar apoio aos cidadãos portugueses afetados pelas mortíferas e devastadoras explosões de 04 deste mês na capital libanesa.

Indicando não ter conhecimento de qualquer cidadão português ferido ou morto nas explosões, que provocaram pelo menos 158 mortes e cerca de 6.000 feridos, Manuela Bairos adiantou que, a partir de terça-feira de manhã, se o teste à covid-19 der negativo, começará a dar andamento aos cerca de 20 pedidos de audiência por parte de elementos da comunidade portuguesa residente no país.

A diplomata estimou à Lusa haver cerca de uma centena de cidadãos portugueses residentes no Líbano, em que metade tem dupla nacionalidade.

A visita de Manuela Bairos a Beirute visa reforçar o contacto com os portugueses residentes na capital libanesa e atender às suas preocupações e necessidades.

O objetivo é também proporcionar assistência consular face a pedidos que se têm registado de cidadãos que, na sequência das explosões, ficaram indocumentados ou pediram a emissão de vistos a familiares.

Por outro lado, disse Manuela Bairos à Lusa, há a preocupação de conseguir evitar, em tempos de pandemia, que os portugueses residentes no Líbano tenham de se deslocar a Chipre para resolverem questões de ordem consular.

As explosões, que as autoridades libanesas têm atribuído a um incêndio num depósito no porto onde se encontravam armazenadas cerca de 2.750 toneladas de nitrato de amónio, deixaram também cerca de 300.000 pessoas desalojadas, havendo ainda, segundo os mais recentes dados oficiais, cerca de duas dezenas de desaparecidos.

As explosões viram também alimentar a revolta de uma população já mobilizada desde o outono de 2019 contra os líderes libaneses, acusados de corrupção e ineficácia.

Desde domingo, o Governo libanês, acusado de corrupção e de má gestão da pandemia, bem como responsabilizado pela crise económica grave, já teve três baixas, com as demissões dos ministros da Informação, Ambiente e Justiça.

Hoje à tarde, o Governo vai reunir-se para analisar a situação, havendo indicações não oficiais de que poderá apresentar a demissão em bloco.

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