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Prédio e acervo da Casa-Museu João de Deus são de interesse público

O prédio e o património móvel da Casa-Museu onde viveu o poeta e pedagogo algarvio João de Deus, em Lisboa, foi classificado como monumento de interesse público pelo Governo, segundo uma portaria publicada hoje em Diário da República (DR).

Prédio e acervo da Casa-Museu João de Deus são de interesse público
Notícias ao Minuto

13:39 - 28/01/20 por Lusa

País Casa-Museu João de Deus

Na portaria 97/2020, assinada pela secretária de Estado Adjunta e do Património Cultural, Ângela Carvalho Ferreira, o Governo justificou a classificação com o "interesse do bem como testemunho notável de vivências e factos históricos e à sua importância do ponto de vista da investigação histórica ou científica".

A Casa-Museu João de Deus, situa-se no 1.º andar de um prédio construído na transição do século XIX para o século XX, na freguesia da Estrela, em Lisboa, onde viveu e veio a falecer o jornalista, poeta e pedagogo João de Deus.

A musealização da casa ocorreu em 1982, com o intuito de preservar o local tal como se encontrava à época do seu falecimento, com todo o mobiliário e objetos de uso pessoal.

O imóvel é constituído pela sala de jantar, escritório, sala de estar, oratório, quarto, cozinha, logradouro e dependências menores.

"Era um lugar de vida familiar, mas também de atividades pedagógicas, saraus musicais e tertúlias com escritores e personalidades da cultura da época, promovidas pelo poeta e pela sua esposa, Guilhermina das Mercês Battaglia", lê-se na portaria.

João de Deus, jornalista, poeta e pedagogo, nasceu em 08 de março de 1830, na freguesia de São Bartolomeu de Messines, no concelho de Silves, no distrito de Faro (Algarve), e morreu em 11 de janeiro de 1896, em Lisboa.

Depois de concluir a formação em Direito, em Coimbra, colaborou em vários jornais e revistas, tendo sido eleito deputado por Sines, em 1868, o que o fez mudar-se para Lisboa.

De entre as suas obras literárias, destaca-se a "Cartilha Maternal", de natureza pedagógica, publicada em 1876, que se destinava a servir de base a um método de ensino da leitura, para crianças.

Do espólio literário fazem parte as suas poesias publicadas em "Flores do Campo", "Ramo de Flores", "Folhas Soltas", "Despedidas do verão" e "Campo de Flores" (1893).

Desempenhou também o cargo de comissário-geral do ensino da leitura, durante o qual desenvolveu esforços para a alfabetização da população portuguesa.

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