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MNE não tolera "indícios de práticas irregulares" nos postos que tutela

O Ministério dos Negócios Estrangeiros indicou hoje não permitir "quaisquer indícios de práticas irregulares" nos postos sob a sua tutela, a propósito da detenção de um funcionário da embaixada portuguesa em Bissau por ajuda à imigração ilegal.

MNE não tolera "indícios de práticas irregulares" nos postos que tutela
Notícias ao Minuto

18:40 - 22/12/19 por Lusa

País MNE

"O MNE não tolera quaisquer indícios de práticas irregulares ou ilegais nos postos sob sua tutela e colabora totalmente com as autoridades competentes, de modo a erradicar tais práticas", indicou fonte do gabinete do chefe da diplomacia de Portugal, questionada pela agência Lusa para comentar a notícia sobre a operação.

O Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) anunciou hoje que desmantelou uma rede criminosa de auxílio à imigração ilegal para a Europa, que tinha "como figura central" um funcionário do serviço consular da embaixada de Portugal em Bissau.

"A investigação, desenvolvida ao longo do último ano, teve origem numa informação proveniente das autoridades alemãs, relativa a sete cidadãos iranianos detetados no aeroporto de Frankfurt, titulares de vistos portugueses apostos nos passaportes e relativamente aos quais existiam suspeitas de terem sido obtidos fraudulentamente", revelou o SEF, num comunicado.

No decurso do inquérito foi identificado o responsável pelo processamento de todos aqueles vistos, que foi agora detido em território nacional.

A investigação permitiu ainda identificar 209 vinhetas de visto processadas pelo suspeito desde 2012, "que desapareceram, e sobre as quais subsistem fortes indícios de que, também, possam ter sido vendidas".

O detido foi indiciado da prática de múltiplos crimes de auxílio à imigração ilegal, falsificação de documentos, corrupção passiva e tráfico de seres humanos e será presente no Tribunal de Instrução Criminal de Lisboa para aplicação de medidas de coação.

Durante a operação, intitulada "Visa Branco", foi apreendida "abundante prova dos crimes identificados, tendo ainda permitido resgatar uma mulher de nacionalidade guineense como possível vítima de tráfico de seres humanos, que se encontrava em casa do suspeito".

A operação, realizada em colaboração com o Ministério dos Negócios Estrangeiros, envolveu 20 inspetores do SEF e uma equipa multidisciplinar especializada, o SOS tráfico.

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