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Será "difícil" concluir realojamentos do Bairro da Jamaica este ano

O presidente da Câmara do Seixal disse hoje que será "difícil" concluir este ano o realojamento das 74 famílias que vivem em condições precárias em Vale de Chícharos, mais conhecido como Bairro da Jamaica, no distrito de Setúbal.

Será "difícil" concluir realojamentos do Bairro da Jamaica este ano
Notícias ao Minuto

19:52 - 13/11/19 por Lusa

País Bairro da Jamaica

"Estamos praticamente a um mês e meio do final do ano e não conseguimos ter todas as casas. Não foi possível ainda e será muito difícil que se consiga", adiantou Joaquim Santos em declarações à Lusa.

Em setembro, o autarca tinha dito que a compra de habitações para as 74 famílias estava a "meio caminho", mostrando esperança de que fosse possível reiniciar os realojamentos ainda este ano, mas as "burocracias" estão a dificultar o processo.

"Já temos muitas habitações e o processo de compra está a andar, mas fazer a escritura de 74 imóveis diferentes, juntar toda a parte burocrática, ter todos os documentos prontos, avaliações, contratos de financiamento, tudo isso. Não estamos a conseguir fazer no tempo que permitiria iniciarmos o realojamento", explicou.

Por este motivo, o presidente afirmou mesmo que "praticamente se pode afastar essa ideia de o realizar até ao final do ano", como aconteceu em 2018.

Em 20 de dezembro do ano passado terminou a primeira fase de realojamentos dos moradores do lote 10, em que 187 pessoas foram distribuídas por 64 habitações em várias zonas do concelho, segundo a Câmara Municipal do Seixal.

O acordo para a resolução da situação de carência habitacional neste bairro foi assinado em 22 de dezembro de 2017, numa parceria entre a Câmara do Seixal, o Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana e a Santa Casa da Misericórdia do Seixal.

No total, a cooperação visa o realojamento de 234 famílias e tem um investimento total na ordem dos 15 milhões de euros, dos quais 8,3 milhões são suportados pelo município.

O bairro começou a formar-se na década de 90, quando populações que vinham dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP) começaram a fixar-se nas torres inacabadas, fazendo puxadas ilegais de luz, água e gás.

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