'Que se lixe a troika' também quer subir escadaria do Parlamento
Um dos rostos mais visíveis do movimento ‘Que se lixe a troika’, Ricardo Monte, considera, em declarações à rádio TSF, que os elementos das forças de segurança “tiveram um tratamento diferenciado” mas espera que, em futuros protestos, os cidadãos que queiram subir a escadaria da Assembleia da República também o possam fazer.
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País Protestos
Ricardo Monte, membro do movimento ‘Que se lixe a troika’, considera que o facto de os elementos das várias forças de segurança terem conseguido “romper as barreiras” de protecção, ontem (quinta-feira) em frente às escadarias do Parlamento, mostra que “tiveram um tratamento diferenciado face a outros cidadãos que se têm manifestado” no mesmo local.
Neste sentido, Ricardo Monte “que quer o movimento ‘Que se lixe a troika’, quer muitos outros movimentos sociais ou organizações sindicais” passem a ter o mesmo direito.
Essas organizações e movimentos “não têm como objectivo ir para a Assembleia da República e tomar as escadarias”, contudo, refere Ricardo Monte na antena da rádio TSF, “achamos que artificialmente estão a afastar os cidadãos” e “é quase uma provocação chegarmos lá e termos sempre as barreiras, que cada vez estão mais longe”.
A partir de agora, “se as pessoas que lá estiverem, quiserem subir as escadas, pois que subam, porque ninguém quer subir para destruir ou para tomar de assalto seja lá o que for. Nós queremos subir para estarmos mais perto e sermos ouvidos de mais perto”, esclarece.
Recorde-se que ontem, no final de um protesto, que juntou elementos da PSP, GNR, Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), guardas prisionais, ASAE, Polícia Marítima, Polícia Judiciária e polícias municipais, as barreiras de protecção colocadas em frente à escadaria da Assembleia da República foram derrubadas.
Não foram registados episódios de violência quer da parte dos protestantes, quer dos polícias que garantiam o perímetro de segurança no local, tendo a 'invasão' sido considerada pelo secretário nacional da Comissão Coordenadora Permanente (CPP) dos Sindicados e Associações dos Profissionais das Forças e Serviços de Segurança, Paulo Rodrigues, como uma “acção simbólica” que provou a “revolta” que se vive no seio das forças de segurança.
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