Zero critica modelo de apoio a gestão florestal
A associação ambientalista Zero criticou hoje o facto de os investimentos na gestão florestal não terem como prioridade as pequenas propriedades do norte e centro do país, "mais suscetíveis aos fogos rurais".
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País Ambiente
Em comunicado, a Zero explica que esta posição surge depois de ter tido acesso a dados dos apoios públicos à floresta e à execução de 2.865 candidaturas do Programa de Desenvolvimento Rural para o Continente 2014-2020 (PDR2020) e das 28 candidaturas aprovadas pelo Fundo Florestal Permanente (FFP) para financiar a constituição de unidades de gestão florestal.
Com base nessa análise, a associação ambientalista critica o facto de 65% do investimento desses programas serem direcionados para a região do Alentejo, "onde o latifúndio com agricultura e pecuária são dominantes".
"Comprovam que continua a existir uma fraca sensibilidade dos poderes públicos em relação à urgência de se atribuir prioridade a investimentos que promovam a gestão colaborativa dos espaços florestais do norte e centro do país, onde a pequena propriedade é dominante", aponta a Zero.
A associação considera que a prioridade dos investimentos deve ser direcionada para esses territórios, uma vez que "são os mais suscetíveis aos fogos rurais e onde existe maior necessidade de promover as espécies florestais autóctones"
Face a este cenário, a Zero defende que os apoios à floresta "têm de ser repensados" nos próximos programas pós-2020, para "não se repetir os erros cometidos".
"Numa altura em que estão prestes a ser definidas as medidas destinadas a apoiar uma gestão florestal que tenha em conta os riscos das alterações climáticas no âmbito das verbas da Política de Desenvolvimento Rural da União Europeia para o pós-2020, há que repensar todo o modelo de apoio ao investimento na floresta, já que o mesmo fracassou", conclui a nota.
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