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"Não vale a pena continuarmos a conversar com uma parede inamovível"

Mário Nogueira refere-se ao Governo, ao qual tece duras críticas depois de Marcelo Rebelo de Sousa ter promulgado o diploma que reconhece aos professores dois anos, nove meses e 18 dias de tempo de serviço.

"Não vale a pena continuarmos a conversar com uma parede inamovível"
Notícias ao Minuto

10:20 - 12/03/19 por Filipa Matias Pereira

País FENPROF

O Presidente da República promulgou, esta segunda-feira, aquele que já é chamado de ‘decreto 2-9-18’, reconhecendo dois anos, nove meses e 18 dias de tempo de serviço dos professores. Pese embora os professores não estejam satisfeitos com a situação, já que pediam nove anos, quatro meses e dois dias, Mário Nogueira considera que esta era a decisão que deveria ser tomada porque “não vale a pena continuarmos a conversar com uma parede inamovível, inflexível que é o Governo e que desde a primeira hora pretende apagar seis anos e meio de serviço”.

Neste momento, justificou em declarações à antena da SIC Notícias, “ao Presidente da República restava-lhe promulgar [o diploma] para que isto passe para um plano diferente que é o da Assembleia da República”. A FENPROF sabe que “todos os partidos com exceção do PS já disseram ser favoráveis à recuperação do tempo de serviço” e, por isso, está confiante que será encontrada uma “solução convergente no sentido de poder ser recuperado esse tempo”.

O líder da FENPROF afirmou ainda que uma das coisas que os professores não fazem “é baixar os braços e não há cá conformismos. O Governo decidiu roubar os portugueses e fê-lo por três vezes. Em outubro, dezembro e agora em fevereiro”.

Já em comunicado enviado às redações, a FENPROF escreve ainda que o Governo "aprovou um decreto-lei que elimina aquele tempo de trabalho prestado pelos professores, o que acarreta graves prejuízos para estes, tanto a nível da carreira, como da futura aposentação, para além de ser tremendamente injusto". 

"Inamovível no seu muro de intransigência", o Governo do "PS manifestou, mais uma vez, um enorme desrespeito por quem, nas escolas, constrói o futuro de Portugal, dando o seu melhor pelo sucesso dos alunos. Quem assim desrespeita estes profissionais não merece deles qualquer consideração, apenas protesto e repúdio". 

Para terminar, a FENPROF defende ainda que "os professores sabem que a solução para este problema está na sua capacidade de lutar por ela. E é por isso que ganha uma enorme importância a manifestação nacional convocada para 23 de março". Esta será "a oportunidade de os professores manifestarem todo o seu protesto pelo roubo de que estão a ser vítimas, bem como a exigência, agora junto da Assembleia da República, de reparação dos danos causados". 

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