IASFA com dívida acumulada de 63 milhões reduziu défice anual
O Instituto de Ação Social das Forças Armadas (IASFA) regista uma dívida acumulada de 63 milhões de euros em 2017 e apresenta um défice anual estimado de 6,8 milhões, revelou hoje o ministro da Defesa Nacional.
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País Ministro da Defesa
"O défice anual estimado para 2017 é de 6,8 milhões de euros. No cenário que até previa como conservador apontava-se para um défice mensal de 1,2 milhões de euros", sublinhou o ministro Azeredo Lopes, em resposta ao CDS-PP na audição na comissão parlamentar de Defesa Nacional.
O governante defendeu que a "contenção do défice anual em 6,8 milhões significa" que foi atingido "um dos objetivos cruciais que era estancar um processo que estava literalmente a descontrolar-se".
Azeredo Lopes disse que segundo dados provisórios relativos a 2017, o Instituto de Ação Social das Forças Armadas tem uma dívida acumulada em 2016 de 58 milhões de euros que passou para 63 milhões em 2017.
Quanto à despesa paga em 2017, foram "praticamente 80 milhões de euros", dos quais cobertos por receitas próprias 52,8 milhões de euros e por transferência do orçamento do Estado de 20 milhões.
Azeredo Lopes disse que "é necessário alocar recursos ao IASFA" uma vez que não é autossustentável e apresenta hoje um modelo de "pirâmide invertida" entre contribuintes e beneficiários o que, disse, "é absolutamente normal e natural" tendo em conta a história dos últimos 40 anos das Forças Armadas.
Aquele instituto presta apoio atualmente a 115 mil beneficiários, "menos 35 mil desde a penúltima informação", adiantou o ministro, que não precisou de quando data a informação que referiu.
Segundo o ministro, a perda de 35 mil beneficiários, que considerou "muito relevante", foi justificada pelo conselho diretivo do IASFA com a "passagem à disponibilidade de militares em regime de contrato, falecimentos, atrasos na renovação de cartões".
O ministro admitiu que poderá ter havido também "uma afinação de critérios" na admissão como beneficiário, considerando que "isso é importante que ocorra".
Azeredo Lopes referiu ainda que, face à situação financeira que encontrou no IASFA, determinou duas auditorias, a primeira da Inspeção-Geral da Defesa Nacional sobre a realização da despesa, já concluída, e uma segunda sobre os processos de faturação e pagamentos no âmbito da Saúde Militar, cujos resultados estão a ser analisados.
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