Crescimento económico 'esmiuçado' pela Esquerda e pela Direita
António Leitão Amaro e João Galamba defendem diferentes perspetivas relativamente aos indicadores do crescimento económico nacional.
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Política Debate
A desaceleração da economia portuguesa já tinha sido estimada pela Comissão Europeia nas previsões de outono. Por sua vez, as previsões de inverno divulgadas hoje mostram-se ligeiramente mais otimistas, ao melhorar em uma décima a estimativa da subida do PIB em cada um dos anos.
Ora, nas previsões divulgadas hoje, Bruxelas justifica o abrandamento do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) este ano com um "desenvolvimento salarial moderado e uma pequena subida da taxa de poupança". Este foi o tema em cima da mesa num ‘confronto’ ‘Esquerda Direita’ na antena da SIC Notícias.
António Leitão Amaro, deputado do PSD, começou por dar “algum mérito” ao Governo de António Costa pelos indicadores de crescimento económico da economia portuguesa. Estas são reflexo, sobretudo, de duas escolhas: “A primeira está relacionada com a travagem em escolhas que fez”, designadamente no âmbito das reversões em reformas estruturais e na política orçamental. A segunda diz respeito “ao facto de ter orientado todas as medidas para a política interna”.
Porém, recorda o político, “há fatores de preocupação”, nomeadamente a “queda de produtividade”. No prisma do jurista, ao analisar o desempenho da economia é preciso ter noção que, “apesar de haver ventos favoráveis, o Governo continua a fazer escolhas que não permitem que a velocidade vá aumentando e pior: está a andar mais depressa quando a estrada é a descer e os outros estão a andar cada vez mais depressa”.
Perante as afirmações do deputado de direita, João Galamba defende que os indicadores que refletem o crescimento da economia nacional são uma consequência natural “do trabalho que o Governo fez”. Aliás, defende o deputado do PS, “se estes fossem provocados por diligências do anterior Governo, o atual tinha entrado em funções com a economia a acelerar e não estagnada. A economia europeia cresceu em 2014 e 2015 e Portugal não estava próximo sequer da média. O primeiro ano em que cresceu acima da média em muitos anos foi em 2017”.
Não há nenhum país, acrescenta, “que tenha saído de uma longuíssima recessão como nós e que no primeiro ano tenha crescido 0,9%".
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