Venezuela: Governo pede "compromisso político" e "regresso à normalidade"
O Governo português reage à onda de violência que tem devastado a Venezuela, e apela a que sejam acordadas eleições entre o regime de Maduro e a oposição. O Ministério dos Negócios Estrangeiros garante ainda que está a trabalhar para garantir a "segurança e bem-estar da comunidade portuguesa".
© Global Imagens
País Santos Silva
O Governo português está preocupado com a escalada de tensão na Venezuela e apela a que haja um “compromisso político inclusivo que envolva o regresso à normalidade constitucional”.
Num comunicado enviado às redações, o Ministério dos Negócios Estrangeiros afirma que as eleições de ontem, domingo, para a Assembleia Constituinte, marcadas pela violência, não constituem uma solução para a Venezuela.
“A recusa expressa por parte de importantes setores políticos e sociais pela via seguida e a violência que rodeou o ato eleitoral, fazem com que não se tenha dado ontem nenhum passo para a resolução da crise política naquele país”, lê-se no documento.
O Governo garante estar em contacto com as autoridades venezuelanas para estas assumam “todas as suas responsabilidades”, nomeadamente as “garantias de segurança e de bem-estar da comunidade portuguesa e luso-descendente que vive e trabalha na Venezuela”.
O dia de ontem ficou marcado pela violência que acompanhou a eleição dos 545 membros da Assembleia Constituinte, convocada pelo Presidente venezuelano, Nicolas Maduro. Dez pessoas, incluindo dois adolescentes de 13 e 17 anos, morreram no domingo e há ainda inúmeros feridos.
Perante a crise venezuelana, o Governo português apela a que seja estabelecido “calendário eleitoral mutuamente acordado entre as partes”, bem como garantias de “pleno respeito pelos direitos humanos, pela separação de poderes, pelo livre exercício dos direitos civis e políticos e, em geral, pelos princípios do Estado de Direito”.
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com