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"Um dos grandes legados de Soares: Não há reforma para os nossos valores"

Deputado socialista faz questão de se afirmar contra o que define como “hierarquização das causas de Soares”.

"Um dos grandes legados de Soares: Não há reforma para os nossos valores"
Notícias ao Minuto

20:42 - 10/01/17 por Pedro Filipe Pina

Política Barbosa Ribeiro

Os restos mortais de Mário Soares foram esta terça-feira transportados para o cemitério dos Prazeres, onde está o jazigo de família, num funeral com honras de Estado.

O momento foi de homenagem por quem marcou presença nas ruas de Lisboa por onde o cortejo fúnebre passou. Mas Mário Soares, o homem e político que a longo de 92 anos deixou a sua marca na história de Portugal, é tema que tem marcado também a atualidade.

Numa altura em que se debate o legado de Soares, Tiago Barbosa Ribeiro critica o que considera ser o “acomodar o percurso de Soares” ao que se defende ideologicamente.

João Miguel Tavares, cronista do Público, e José Manuel Fernandes, diretor e habitual cronista do site Observador, são mencionados na publicação no Facebook em que o deputado socialista fala de uma “triste tendência com que muitas pessoas, na sua maioria à direita, procuram fazer de jurados sobre o legado de Soares”.

O argumento de Tiago Barbosa Ribeiro é o de que “a vida política de Soares não acabou na Presidência da República e esse é um dos seus grandes legados: é que não há reforma para os nossos valores”.

O seu papel na luta contra o Estado Novo, a forma como se destacou durante os anos de 1974 e 1975, que lhe têm valido a designação de ‘pai da democracia’ pelo seu papel de então e o facto de ter sido sob o seu Governo que o país deu passos decisivos para aderir à União Europeia são questões invocadas e que o deputado do PS recorda igualmente.

Tiago Barbosa Ribeiro, no entanto, evita distinções entre as diferentes fases da vida política de Soares, referindo que o antigo Presidente da República envolveu-se nas duas décadas mais recentes “em muitos combates e bateu-se nas ruas contra a invasão do Iraque, denunciou a Terceira Via e pretendeu mobilizar uma unidade de esquerda contra o anterior Governo”.

“Menosprezá-lo, obliterando cerca de 20 anos de actividade política de Mário Soares, é simplesmente desonesto”, aponta na rede social.

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