"Não negociamos lugares, estamos aqui para negociar política de Esquerda"
Mariana Mortágua admite que o Bloco "quer ir mais longe". Refere que os contributos do partido melhoraram a economia e espera que o Bloco saia reforçado nas próximas eleições.
© Global Imagens
Política Mariana Mortágua
A cerca de um ano das eleições legislativas, o Bloco de Esquerda vai avaliar na sua XI convenção o trabalho feito nos últimos anos. Um trabalho que, para Mariana Mortágua, se reflete nos contributos que o partido fez para “a gestão da política económica e da política social” e que “deram resultado”. No entanto, a deputada do Bloco realçou em declarações aos jornalistas que o partido “quer ir mais longe”.
“O Bloco partiu para as últimas eleições com um programa económico muito claro e muitas dessas ideias ficaram vertidas na nossa ação ao longo dos últimos anos (...) Hoje olhamos para o emprego e percebemos a importância destas medidas. Elas não são suficientes. Uma gestão do Governo do PS que, naturalmente, obedece àquilo que são as suas ideias sobre o que são os compromissos europeus, às suas ideias sobre a gestão das políticas públicas, não esgota o programa do Bloco de Esquerda. Fica muito aquém do que julgávamos ser possível”, sublinhou.
Mariana Mortágua acredita que o trabalho do Bloco será reconhecido. “Estou confiante que as pessoas reconhecem que houve um bom trabalho que foi feito. Podemos esperar sair reforçados nas próximas eleições”.
A bloquista referiu que o partido “sempre teve proposta” para o que pretende para o país. “A questão é saber se temos a força e a relação de forças para avançar com essa proposta e esse é o desafio”.
Mas insistiu na ideia de que um futuro entendimento com o PS vai depender “das relações de forças que se fazem entre os partidos. Nós não negociamos lugares, estamos aqui para negociar política de Esquerda”.
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