The XX com concerto emocionado para 16 mil pessoas no arranque do SBSR
Os The XX encerraram na quinta-feira, no festival Super Bock Super Rock (SBSR), em Lisboa, a digressão europeia com um concerto emocionado para cerca de, segundo a organização, 16 mil pessoas.
© Global Imagens
Cultura Parque das Nações
Foi em lágrimas que o baixista Oliver Sim lembrou, já o concerto ia a meio, que a banda anda em digressão há dois anos e que 'a vida tem acontecido' enquanto estão em palco: 'coisas aconteceram, nasceram bebés'.
'Tomem conta de vocês, quero que se divirtam e aproveitem', disse o músico, dedicando 'Shelter' a 'todas as pessoas LGBTQ [Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transexuais] aqui hoje'. 'Eu adoro-vos, eu vejo-vos', afirmou.
Ao longo de pouco mais de uma hora, a banda passou em revista os três álbuns que gravou desde 2009, com o público a assumir o papel de coro em 'Islands', 'I dare you' e 'On hold'.
'Loud places', 'VCR', 'Crystalised' e 'Intro' foram outros dos temas incluídos no alinhamento do concerto, que encorrou ao som de 'Angels'.
Já perto do fim, de mão no coração e visivelmente emocionada, a guitarrista Romy Croft agradeceu várias vezes ao público por 'toda a energia e amor'.
A relação afetiva da banda com o público português recua a 2010, quando se estrearam em Portugal na Aula Magna, em Lisboa, e saiu mais uma vez reforçada no concerto de quinta-feira.
Horas antes, enquanto no Altice Arena os músicos portugueses recordavam o guitarrista Zé Pedro, a uns metros dali, debaixo da pala do Pavilhão de Portugal reinava o poder da 'soul', com o músico norte-americano Lee Fields, acompanhado dos The Expressions.
Num impecável fato branco debruado a lantejoulas, com um estilo, porte e voz que fazem lembrar James Brown -- não é por acaso que alcunha dele é 'Little J.B.' -- Lee Fields prestou homenagem a dois cantores da música 'soul' recentemente desaparecidos: Sharon Jones e Charles Bradley.
Lee Fields, que se estreou em 1969, perguntou ao público do SBSR se tinha 'soul' e cantou sobretudo sobre o amor, para superar 'as cenas maradas que se passam no mundo'.
Ao longo da tarde e noite, neste palco junto ao icónico edifício de Álvaro Siza ouviu-se ainda o 'punk rock' dos portugueses Parkinsons, o revivalismo pop-psicadélico dos Temples, a 'pop' eletrónica dos Parcels e o 'rock' inglês dos The Vaccines.
No palco dedicado à música portuguesa, junto à escadaria do Altice Arena, o festival deu mais visibilidade a Vaiapraia e as Rainhas do Baile e a Filipe Sambado e os Acompanhantes de Luxo, fechando as atuações com Mirror People, Rui Maia dos X-Wife.
O primeiro dia do SBSR prossegue até às 04:00 de hoje, dentro do Sala Tejo do Altice Arena, com Mahalia e Songhoy Blues.
O 24.º SBSR decorre até sábado no Parque das Nações, em Lisboa.
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