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Antigo vice-governador do BdP integra grupo de estratégia para Montepio

O antigo vice-governador do Banco de Portugal (BdP) e ex-presidente do Crédito Agrícola João Costa Pinto está a trabalhar com mais associados numa nova estratégia para a Associação Mutualista Montepio, quando há várias movimentações a pensar nas eleições de dezembro.

Antigo vice-governador do BdP integra grupo de estratégia para Montepio
Notícias ao Minuto

08:30 - 07/06/18 por Lusa

Economia Mutualista

"Foi-me perguntado se como associado há anos da Associação Mutualista Montepio Geral estaria disponível para participar num esforço, num trabalho, que conduzisse efetivamente ao seu relançamento. Disse que sim, sem me candidatar a nada, sem me propor a nada", afirmou João Costa Pinto à Lusa.

O economista disse que a "reflexão sobre o Montepio" em que participa é diferente do grupo que hoje à tarde promove em Lisboa um debate sobre a Associação Mutualista Montepio Geral e as alterações ao Código Mutualista, mas recusou dizer que outras personalidades estão com ele nesta "reflexão", afirmando apenas que é "gente experiente e com prestígio".

"Não tenho nenhum tipo de contacto com esse grupo que em boa hora está a lançar este processo e movimento de reflexão", acrescentou, considerando que há preocupações sobre a Mutualista que são comuns a muitos associados.

João Costa Pinto tem uma carreira ligada à banca, tendo sido vice-governador do Banco de Portugal (com António de Sousa como governador), presidente da Caixa Central de Crédito Agrícola entre 2002 e 2013 e presidente do Conselho de Auditoria do Banco de Portugal entre 2014 e maio último, tendo liderado a equipa que avaliou a atuação da supervisão no caso BES (tendo sido apenas conhecidas as conclusões desse trabalho e não o relatório completo).

Hoje à tarde, pelas 17:45, acontece uma sessão de reflexão sobre o Montepio, no Auditório Montepio Geral, em Lisboa.

A sessão terá como moderador Luís Campos e Cunha (professor de Economia na Universidade Nova de Lisboa e ex-ministro das Finanças durante quatro meses no governo PS de José Sócrates) e contará com a presença de Fernando Ribeiro Mendes (economista e professor no ISEG, administrador da Associação Mutualista Montepio, mas que já se afastou publicamente da gestão de Tomás Correia), Alexandre Abrantes (professor de Saúde na Universidade Nova, que foi co-autor em 2015, com António Godinho, do livro "Renovar o Montepio), Eugénio Rosa (economista ligado ao PCP) e Lúcia Gomes (advogada).

No convite para o debate divulgado este fim de semana, o designado Grupo de Reflexão Mutualista considera que o momento atual, em que está para breve a publicação do Novo Código Mutualista, é o adequado para refletir "sobre os caminhos futuros do mutualismo e quais as formas como com independência, solidariedade e espírito de cidadania" pretende "fortalecer a ideia mutualista e o Montepio", ouvindo "diferentes perspetivas sobre o associativismo e sobre o mutualismo", mas que sirvam os mais de 620 mil associados do Montepio.

Várias personalidades ligadas a este grupo têm vindo a reunir-se nas últimas semanas para definir objetivos programáticos para a Associação Mutualista Montepio e encontrar pontos em comum dentro de várias tendências com vista a preparar uma lista para a Associação Mutualista Montepio Geral, que una várias correntes da oposição ao atual presidente, Tomás Correia.

Além das personalidades que participam no debate de hoje, estão neste grupo algumas das que em 2015 integraram listas opositoras à lista de Tomás Correia, caso de Bagão Félix (antigo ministro do Trabalho e das Finanças, em governos PSD/CDS-PP) e António Godinho (ex-trabalhador do Montepio e empresário), que então concorreram pela lista "Renovar o Montepio", ou Carlos Areal e Viriato Silva (atuais membros do Conselho Geral da Mutualista), que integravam a lista "Segurança, transparência, confiança na gestão do Montepio: defender o mutualismo".

Em 2015, as eleições para a Associação Mutualista Montepio Geral foram ganhas pela lista liderada por Tomás Correia, com 58,7% dos votos, num processo então muito criticado pelas listas da oposição, que afirmaram que não tiveram acesso aos mesmos meios, nomeadamente por não poderem contactar os associados.

A lista de António Godinho avançou com uma providência cautelar para impugnar as eleições, mas sem sucesso.

A Associação Mutualista é o topo do Grupo Montepio, tendo como principal empresa a Caixa Económica Montepio Geral, que desenvolve o negócio bancário. Nos últimos anos várias preocupações vieram a público sobre a saúde financeira das duas instituições.

Em fevereiro, questionado sobre se se irá candidatar nas eleições em dezembro, Tomás Correia considerou ser cedo ainda para tomar uma decisão, mas considerou que os candidatos até ao momento "não estão à altura do Montepio".

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