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Polícias após morte de Vassell: "A imprensa não sabe que estamos aqui"

Agentes da autoridade que ficaram feridos no encontro com Saheed Vassell foram levados para um hospital diferente.

Polícias após morte de Vassell: "A imprensa não sabe que estamos aqui"
Notícias ao Minuto

23:49 - 05/04/18 por Notícias Ao Minuto

Mundo Estados Unidos

Saheed Vassell, de 34 anos de idade, é o mais recente caso de violência policial nos Estados Unidos. O nova-iorquino, que sofria de distúrbios mentais, andava nas ruas de Brooklyn, esta quarta-feira, a apontar um cano de metal às pessoas, como se fosse uma arma. Perante queixas de residentes, que confundiram o cano com uma arma, a polícia interveio e Vassell acabou abatido a tiro.

Foram destacados cinco agentes para o local onde estava Vassell e quatro abriram fogo. Não se sabe com quantos tiros morreu, mas sabe-se que foi declarado morto no hospital. Não se sabe também o porquê de alguns agentes serem dados como feridos e terem sido levados para um hospital diferente.

No entanto, um jornalista da página Daily Beast estava no mesmo hospital para onde foram levados os agentes, o New York-Presbyterian Brooklyn Methodist Hospital. Os agentes feridos, cinco no máximo, estavam acompanhados por mais de 20 polícias, incluindo comandantes e detetives.

O jornalista, insuspeito porque estava à espera para fazer um exame, perguntou porque estavam ali. “Vai ver mais logo nas notícias, às 23h00”, responderam-lhe. Uns minutos depois, descreveu, um dos detetives (de fato e gravata) disse a um responsável médico: “Não se preocupe. A imprensa não sabe que estamos aqui”.

Entretanto, recorde-se, foi aberta uma investigação ao caso, já anunciada pelo procurador-geral de Nova Iorque. As autoridades prometeram, paralelamente, divulgar as três chamadas telefónicas feitas por residentes e os vídeos de vigilância disponíveis, numa tentativa de resolver este caso num quadro de transparência total, conforme prometido, inclusive, pelo mayor de Nova Iorque, Bill de Blasio.

Esta quinta-feira, um dia após a morte de Vassell, as pessoas já acorrem às ruas em protesto pelos atos continuados de violência policial.

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