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Mais um negro morto pela polícia dos EUA. Saheed tinha um cano na mão

Saheed Vassell, de 34 anos, bradia um cano de metal nas ruas de Brooklyn. Residentes queixaram-se, quatro agentes da polícia abriram fogo.

Mais um negro morto pela polícia dos EUA. Saheed tinha um cano na mão
Notícias ao Minuto

18:26 - 05/04/18 por Anabela de Sousa Dantas

Mundo Violência

Um homem de 34 anos de idade foi morto esta quarta-feira, durante o dia, depois de alguns residentes do bairro de Crown Heights, em Brooklyn, terem alertado as autoridades para a presença de um indivíduo negro com um comportamento errático, empunhando o que parecia ser “uma pistola prateada” e ameaçando os transeuntes. Era um cano de metal com uma espécie de manípulo na extremidade.

De acordo com o New York Times, a vítima era conhecida das autoridades nova-iorquinas por sofrer de distúrbios mentais, com outros meios de comunicação locais a mencionar bipolaridade. Quatro dos cinco agentes de polícia de Nova Iorque que foram destacados para o local abriram fogo.

Terence Monahan, chefe da polícia de Nova Iorque, afirmou em conferência de imprensa que a vítima, Saheed Vassell, “assumiu uma postura de quem ia disparar e apontou um objeto aos agentes que se aproximaram, dois deles em uniforme”. Nessa altura, explicou, abriram fogo. O objeto, no entanto, era “uma espécie de cano com um manípulo na extremidade”.

Notícias ao MinutoImagem do objeto empunhado por Saheed Vassell.© Divulgação

Apercebendo-se da forte presença policial, e conhecendo a vítima de vista, várias pessoas juntaram-se no local, um número que depressa subiu para as cerca de duas centenas, sintomático da contínua tensão entre a comunidade negra e as autoridades, na sequência da catadupa de casos de violência policial que têm sido noticiados.

Numa tentativa de justificar a atuação dos seus agentes, a polícia de Nova Iorque anunciou que irá tornar públicas as três chamadas feitas por residentes, alertando para a presença de Saheed. Um dos agentes que ouviu as chamadas explicou, inclusive, que a mulher que ligava estava nervosa e dizia que o homem estava a apontar uma arma às pessoas.

Entretanto, o procurador-geral de Nova Iorque, Eric Schneiderman, anunciou que será aberta uma investigação ao caso. O mayor da cidade, Bill de Blasio, também se fez ouvir, indicando que, para além dos telefonemas feitos à polícia, serão divulgadas as imagens de videovigilância do momento, num compromisso com a “maior transparência possível”.

Este caso, recorde-se, surge menos de um mês depois da morte de Stephon Clark. O norte-americano de 22 anos foi morto por dois agentes da polícia norte-americana no dia 18 de março, em Sacramento, na Califórnia. Foi baleado sete vezes no quintal de casa da avó.

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