EUA admitem que Chade poderá sair da sua lista negra
O Chade poderá sair da lista da administração Trump que restringe as viagens para os Estados Unidos, admitiu hoje o secretário de Estado norte-americano, Rex Tillerson, ao terminar, antecipadamente, um périplo pela África subsahariana.
© Reuters
Mundo Rex Tillerson
Tillerson disse em Ndjamena, capital do Chade, que o país africano deu passos importantes no sentido de fortalecer o controlo sobre os seus passaportes e melhorar a partilha de informações sensíveis. Estes passos, disse Tillerson, vão permitir aos Estados Unidos "começar a normalizar o relacionamento relativo a viagens" com o Chade.
No entanto, Tillerson considerou que a decisão definitiva está dependente de um relatório que os Estados Unidos vão elaborar no final de março.
Os Estados Unidos colocaram o Chade na "lista negra" - que restringe a entrada dos seus cidadãos em território norte-americano - em setembro último.
O responsável norte-americano considerou, por outro lado, que o Chade é um "parceiro importante" na luta contra o jihadismo. No entanto, manifestou-se inquieto quanto à presença de "elementos do Estado Islâmico" no Sahel.
"Conseguimos vencer o Estado Islâmico no Iraque e na Síria, sabíamos que fugiriam da região e sabíamos que os seus combatentes iriam para África. Acabaram por assentar em várias regiões", declarou Tillerson, recordando o apoio norte-americano à força multinacional do G5 Sahel.
Aliado da França e do Ocidente na luta contra as forças do Estado Islâmico que operam no Sahel, nomeadamente no sul da Líbia, o Chade tem sido relativamente poupado aos atentados jihadistas um pouco por toda a região.
Tillerson seguiu para a Nigéria, de onde regressa a Washington antecipadamente. A sua equipa afirmou que Tillerson encurtou em um dia a permanência na Nigéria devido a "trabalho urgente" em Washington.
Na sua primeira visita oficial à África subsahariana, Tillerson esteve na Etiópia, no Djibuti, no Quénia, no Chade e na Nigéria.
No sábado, o chefe da diplomacia norte-americana já tinha cancelado vários atos públicos no Quénia devido a problemas de saúde. Um outro responsável da administração Trump que integra a comitiva explicou aos jornalistas que Tillerson se ressentiu do "trabalho ao longo de muitos dias em grandes assuntos como a Coreia do Norte".
A viagem de Tillerson acabou por coincidir com o anúncio do Presidente Donald Trump, na passada quinta-feira, de que tinha aceitado reunir-se com o líder norte-coreano, Kim Jong-un. Tillerson disse à imprensa que a cimeira Trump-Kim Jong-un não o tinha apanhado de surpresa, fazendo uma distinção entre negociação e diálogo.
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com