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EUA. Mike Johnson discute destituição com deputada republicana radical

O presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, Mike Johnson, e a deputada radical republicana Marjorie Taylor Greene reuniram-se pelo segundo dia na terça-feira, em busca de uma saída para a ameaça de destituí-lo do cargo.

EUA. Mike Johnson discute destituição com deputada republicana radical
Notícias ao Minuto

06:51 - 08/05/24 por Lusa

Mundo EUA

O líder republicano espera evitar um desfecho politicamente tenso em que manteria o seu lugar, mas apenas depois de contar com os democratas que prometeram o seu apoio para salvá-lo, pelo menos desta vez.

Greene, uma importante aliada do antigo Presidente Donald Trump, e recandidato à Casa Branca em novembro, enfrentará por sua vez um revés potencialmente embaraçoso se a sua moção para desalojar o líder da câmara baixa do Congresso falhar.

"No momento, a bola está do lado de Mike Johnson", disse a representante eleita pela Geórgia, citada pela agência Associated Press (AP), acrescentando: "Estou farto de palavras. Para mim, é tudo uma questão de ações".

Entre as suas exigências, Marjorie Taylor Greene pretende acabar com o financiamento dos Estados Unidos para apoiar a Ucrânia contra a invasão russa, e o fim dos processos legais do procurador especial do Departamento de Justiça contra Trump.

Johnson tentou apresentar-se, ao longo de seis meses no cargo, desde a destituição do então presidente da Câmara, Kevin McCarthy, como estando no controlo da situação, e não em dívida com as forças radicais republicanas, que conseguiram bloquear até ao mês passado um pacote milionário de ajuda militar e financeira a Kiev.

"Foram discussões muito produtivas", comentou Johnson, após a reunião de 90 minutos de terça-feira.

O líder da Câmara minimizou a ideia de que havia qualquer acordo a ser feito, dizendo que as reuniões são simplesmente parte da sua política de portas abertas para ouvir as ideias dos colegas republicanos e "não uma negociação".

Independentemente de Greene prosseguir ou não com seu plano de solicitar uma votação esta semana, a ameaça de destituição irá acompanhar o mandato de Johnson e levá-lo eventualmente a considerar concessões às forças radicais do seu partido.

O esforço para destituir Johnson foi criticado por Trump, que deu o seu apoio ao presidente da Câmara, deixando Greene quase sozinha, com apenas alguns colegas extremistas do seu lado.

Mas as suas exigências são populares entre os republicanos e podem ser difíceis de serem ignoradas por Johnson, o que dá a ambos um incentivo para alcançar um acordo que Trump quase certamente apoiaria.

Num sinal do que pode estar por vir, Johnson criticou os dois casos do Departamento de Justiça do promotor especial Jack Smith contra Trump sobre o uso incorreto de documentos confidenciais após deixar a Casa Branca, bem como a tentativa de anular a eleição de 2020 e o alegado envolvimento no assalto ao Capitólio em janeiro de 2021.

Greene também exige que Johnson cumpra a "regra de Hastert", em alusão a um ex-presidente republicano, que exige que os líderes dos partidos prossigam com a votação de projetos de lei apenas quando tiverem o apoio da maioria dos seus membros.

Esta regra poderia ter prejudicado a aprovação do Congresso da ajuda à Ucrânia, no mês passado, uma vez que o pacote de ajuda externa de 61 milhões de dólares (57 mil milhões de euros) não teve o apoio da maioria dos republicanos.

Hakeem Jeffries, o líder democrata na Câmara, emergiu como uma possível alternativa a Johnson se o seu partido conquistar a maioria nas eleições de novembro, mas até lá dá sinais de que pretende salvar o cargo do presidente republicano.

Johnson insistiu na terça-feira que não tem interesse em abrir mão do lugar tão cedo e que pretende continuar a liderar a Câmara até ao próximo ano.

Leia Também: Apoiantes de Trump querem destituir Mike Johnson por apoio à Ucrânia

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