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ONU liga Coreia do Norte a produção de armas químicas na Síria

Documento, pedido pelo Conselho de Segurança no âmbito das sanções a aplicar a Pyogyang pelo seu programa nuclear e balístico, refere que a Coreia do Norte tem enviado para Damasco materiais que estão a ser utilizados para a produção de armas químicas. Regime de Bashar al-Assad foi acusado, novamente, no passado fim de semana, de recorrer a armas químicas para atacar civis.

ONU liga Coreia do Norte a produção de armas químicas na Síria
Notícias ao Minuto

18:23 - 27/02/18 por Pedro Bastos Reis

Mundo Relatório

A Coreia do Norte tem enviado materiais para a Síria que podem ser utilizados para produção de armas químicas. Quem o diz é um relatório apresentado ao Concelho de Segurança das Nações Unidas.

Segundo o New York Times, que teve acesso ao documento que ainda não foi publicado oficialmente, entre os materiais estão telhas resistentes a ácidos, válvulas e termómetros. Os técnicos que produziram o relatório referem que existem 40 carregamentos deste material, entre 2012 e 2017, que não foram registados.

De acordo com o mesmo relatório, enviado à ONU no âmbito das sanções aplicadas a Pyongyang, há relatos de que técnicos norte-coreanos foram vistos a trabalhar em instalações, na Síria, onde alegadamente são produzidas armas químicas.

O documento refere ainda que as trocas entre Damasco e Pyongyang podem ser perigosas, uma vez que permitem ao regime de Bashar al-Assad continuar a produzir armas químicas, sendo o dinheiro pago à Coreia do Norte utilizado para o regime continuar a financiar o seu programa nuclear e balístico.

Esta revelação surge depois de o regime de Bashar al-Assad ter voltado a ser acusado de utilizar armas químicas contra civis. Segundo os grupos de resistência em Ghouta Oriental – enclave nos subúrbios de destaque que tem sido intensamente bombardeado nos últimos dias -, no passado domingo, foram utilizadas bombas com cloro.

Perante estas acusações, fonte da Organização para a Proibição das Armas Químicas (OPCW), sob anonimato, afirmou à Reuters que está a ser levada a cabo uma investigação para perceber a veracidade das mesmas.

A confirmar-se a utilização deste tipo de armas, consideradas ilegais à luz da lei internacional, Reino Unido e França já admitiram a possibilidade de se juntarem aos Estados Unidos nos bombardeamentos contra o regime sírio.

Enquanto a utilização ou não de armas químicas está a ser apurada, esta terça-feira começou a trégua humanitária em Ghouta Oriental. Durante cinco horas diárias, as partes envolvidos no conflito comprometem-se a parar com os bombardeamentos e confrontos, de forma a que seja criado um corredor humanitário que permita a fuga de civis, bem como a entrada de medicamentos e outros bens de primeira necessidade.

No entanto, apesar do cessar-fogo, aprovado no sábado, por unanimidade, no Conselho de Segurança da ONU, estar em vigor, continuam a verificar-se bombardeamentos em Ghouta.

Os grupos rebeldes e organizações não governamentais como o Observatório Sírio paras os Direitos Humanos culpam o regime sírio pela violação da trégua, ao passo que Moscovo acusa os grupos terroristas, como a Frente al-Nusra, antigo braço da Al-Qaeda, que tem uma forte presença no enclave rebelde que fica nos arredores de Damasco, de estarem a atacar civis e não permitirem a entrada de ajuda humanitária.

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