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Reino Unido pode bombardear a Síria se Assad tiver usado armas químicas

Ameaça foi feita pelo ministro britânico dos Negócios Estrangeiros. Regime de Damasco foi acusado de ter utilizado gás de cloro em bombardeamentos no passado domingo e essa, segundo Boris Johnson, deve ser a linha vermelha para o Ocidente.

Reino Unido pode bombardear a Síria se Assad tiver usado armas químicas
Notícias ao Minuto

09:38 - 27/02/18 por Pedro Bastos Reis

Mundo Boris Johnson

O ministro dos Negócios Estrangeiros britânico afirmou esta terça-feira que o Reino Unido deve “considerar seriamente” bombardeamentos aéreos na Síria, caso se comprove que o regime de Bashar al-Assad tenha utilizado armas químicas contra civis.

Numa entrevista à rádio da BBC, Boris Johnson referiu-se aos ataques do passado domingo atribuídos ao governo sírio. Uma criança morreu e várias pessoas foram hospitalizadas, em Ghouta Oriental, com problemas respiratórios, suspeitando-se que tenha sido utilizado gás de cloro nos bombardeamentos.

A confirmarem-se estas suspeitas, diz Johnson, os países ocidentais “não podem permitir que o uso de armas ilegais passe impune”. Apesar de reconhecer que o Ocidente “não pode impor uma solução militar”, o chefe da diplomacia britânica, que na segunda-feira elogiou os ataques norte-americanos a bases sírias, em 2017, na sequência de um ataque com armas químicas em Khan Sheikhun, não descarta a possibilidade de o Reino Unido intervir diretamente no conflito.

"É importante reconhecer que não existe uma solução militar que o Ocidente possa impor”, começou por dizer Johnson, “mas acho que nos devemos questionar enquanto país, e penso que no Ocidente precisamos de o fazer, se vamos permitir a utilização de armas químicas, se a utilização de armas ilegais pode passar sem restrições, sem controlo, se pode passar impune? Penso que não podemos permitir tal coisa”, sentenciou.

Nesse sentido, o chefe da diplomacia britânica coloca a prova de utilização de armas químicas como a linha vermelha. “Se houver provas incontornáveis da utilização de armas químicas, se soubermos que isso está a acontecer e o que conseguirmos demonstrar, e se houver uma proposta de ação em que o Reino Unido possa ser útil, então penso que devemos considerá-la seriamente”, reiterou Boris Johnson.

Esta terça-feira, começou a “pausa humanitária” anunciada ontem pela Rússia. Diariamente, durante cinco horas, estará em vigor um cessar-fogo em Ghouta, enclave anti-Assad nos arredores de Damasco, que permitirá a entrada de ajuda humanitária e a retirada dos feridos.

Segundo os números do Observatório Sírio dos Direitos Humanos, desde 18 de fevereiro morreram mais de 500 pessoas em Ghouta, em bombardeamentos atribuídos ao regime de Bashar al-Assad, que tem a Rússia como seu principal aliado.

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