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Putin ordena "pausas humanitárias" nos bombardeamentos em Ghouta

Presidente russo é o principal aliado de Bashar al-Assad na guerra da Síria. Cessar-fogo foi aprovado por unanimidade, pelo Conselho de Segurança da ONU, no sábado.

Putin ordena "pausas humanitárias" nos bombardeamentos em Ghouta
Notícias ao Minuto

14:30 - 26/02/18 por Pedro Bastos Reis

Mundo Síria

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, ordenou esta segunda-feira "pausas humanitárias" nos bombardeamentos na região de Ghouta Oriental, nos subúrbios de Damasco, noticia a Associated Press.

O anúncio foi feito pelo ministro da Defesa russo, Sergei Shoigu. Para além do fim dos bombardeamentos durante 30 dias, a Rússia pretende também abrir um corredor humanitário para permitir a fuga dos civis de Ghouta. 

Depois de longas negociações - Moscovo recusa aceitar tréguas que não colocassem de parte os ataques aos grupos jihadistas como o Daesh ou a Frente al-Nusra -, o Conselho de Segurança das Nações Unidas aprovou, no sábado, um cessar-fogo, que deverá durar 30 dias, das 9h00 às 14h00 de cada dia.

Ghouta, onde vivem cerca de 400 mil pessoas, é um dos últimos bastiões que não está sob controlo do regime de Assad e tem sido alvo de intensos bombardeamentos nas últimas semanas. Segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos, mais de 500 pessoas morreram desde 18 de fevereiro.

Apesar da trégua acordada no sábado, na manhã desta segunda-feira continuavam a cair bombas em Ghouta. A mesma organização não-governamental, com base em Londres, afirma que pelo menos dez pessoas - nove da mesma família, incluindo três crianças - morreram esta manhã.

Já no domingo, acusam os 'Capacetes Brancos', o regime sírio bombardeou a localidade de Shyfuniat, em Ghouta Oriental, com recurso a gás de cloro, o que, a confirmar-se, seria mais um ataque com armas químicas perpetrado pelo regime de Bashar al-Assad.

Forças da oposição ao presidente sírio dizem que várias pessoas foram assistidas nos hospitais com dificuldades respiratórias. Uma criança morreu intoxicada. 

Para além disso, os bombardeamentos de domingo causaram pelo menos 14 mortos. O secretário-geral da ONU, António Guterres, pediu que o cessar-fogo seja colocado "imediatamente" em prática e que "o inferno na terra tem de parar"

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