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Flórida: Médica diz o que viu nas vítimas. "Não havia nada para reparar"

Radiologista que trabalha nas urgências há 13 anos descreve ferimentos de uma arma de assalto.

Flórida: Médica diz o que viu nas vítimas. "Não havia nada para reparar"
Notícias ao Minuto

23:21 - 23/02/18 por Notícias Ao Minuto

Mundo Estados Unidos

Heather Sher, uma médica que tratou sobreviventes do tiroteio na escola da Flórida, que ocorreu na quarta-feira da semana, detalhou, num artigo publicado na revista The Atlantic, os ferimentos horríveis causados por uma arma de assalto como a que foi usada no ataque, uma AR-15.

A radiologista, que trabalha nas urgências há 13 anos, descreveu como os órgãos são completamente destruídos “como se fossem melão demasiado maduro esmagado com um martelo” e como os ferimentos de saída da balas tinham “o tamanho de uma laranja”.

O padrão dos ferimentos, indicou, era diferente do que o que se vê normalmente com armas de fogo. “Como é que um ferimento de bala pode causar tantos danos?”, questionou, ao ver algumas das vítimas.

“A reação nas urgências foi igual para todos. Um dos cirurgiões de plantão abriu uma vítima jovem na sala de operações e encontrou apenas destroços do órgão atingido pela bala da AR-15, uma espingarda semiautomática que dispara balas a alta velocidade e letais. Não havia nada para reparar e absolutamente (tragicamente) nada que pudesse ser feito para resolver o problema. Era uma ferida fatal”, escreveu.

A especialista afirmou que, normalmente, uma bala de uma pistola atravessa os órgãos, criando ferimentos de entrada e de saída, criando um buraco constante através dos tecidos. Não uma AR-15, detalha a médica.

“A bala a alta velocidade deixa uma faixa de tecido danificado que se afasta vários centímetros do seu caminho de passagem. Não tem que atingir uma artéria para causar danos e sangramento catastróficos”, afirmou. Ou seja, mesmo que não se seja bom atirador, pode causar-se um grande número de mortos.

Sher insta o presidente dos Estados Unidos a tomar medidas no que respeita, pelo menos, a este tipo de armas, indicando que "não deve ser um tema partidário".

O presidente dos Estados Unidos, recorde-se, já mostrou-se disposto, após intensa pressão dos cidadãos, a aumentar a idade legal para comprar armas de assalto para 21 anos, referindo ainda que pressionará “fortemente” a medida de “verificação de antecedentes”. Ainda assim, deixou claro que quer que se coloque “ênfase na saúde mental”.

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