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Justiça dinamarquesa recusa pronunciar-se sobre Puigdemont

As autoridades judiciais dinamarquesas recusaram pronunciar-se sobre a eventual ordem de detenção europeia contra o ex-presidente da autonomia da Catalunha que chegou hoje a Copenhaga para participar numa conferência universitária.

Justiça dinamarquesa recusa pronunciar-se sobre Puigdemont
Notícias ao Minuto

10:33 - 22/01/18 por Lusa

Mundo Catalunha

De acordo com a EFE, o Tribunal Supremo espanhol pediu para que fosse acionada hoje uma ordem de detenção contra Carles Puigdemont que fugiu há três meses para a Bélgica e que está a ser investigado no quadro do processo separatista catalão.

"Não temos nenhum comentário a fazer sobre o caso", disse à agência EFE Simon Gosviq, porta-voz da Procuradoria da Dinamarca.

Se o Supremo espanhol reativar a mesma ordem que chegou a pedir à Bélgica em 2017, Puigdemont deve ser detido pela polícia dinamarquesa para ser presente a um juiz e à Procuradoria Geral do Reino da Dinamarca -- responsável pelo caso -- que teriam de pedir a prisão preventiva.

Nesse caso, Copenhaga teria que solicitar às autoridades espanholas o envio de documentação relacionada com o caso e decidir com base nos documentos.

Puigdemont chegou hoje às 08:20 a Copenhaga (07:20 em Lisboa) para participar num colóquio universitário, organizado pelo Departamento de Ciência Política e que tem como tema "Catalunha e Europa, uma encruzilhada da democracia?"

Trata-se da primeira vez que Carles Puigdemont sai da Bélgica desde que fugiu de Espanha.

O ex-presidente da autonomia catalã não fez declarações à imprensa quando chegou ao aeroporto de Copenhaga, num voo proveniente de Bruxelas.

Na liderança do executivo catalão desde janeiro de 2016, Puigdemont e a sua equipa governativa foram destituídos pelo governo central de Madrid após a declaração unilateral de independência de uma "República catalã", feita em Barcelona no passado dia 27 de outubro.

Puigdemont que há três meses estava na capital da Bélgica, na companhia de quatro ex-membros do governo autónomo, está a ser investigado pela justiça espanhola por delitos de rebelião e má gestão de fundos públicos.

No passado dia 05 de dezembro, o juiz espanhol Pablo llarena decidiu retirar as ordens europeias de detenção contra Puigdemont - e aos outros quatro implicados, que também se refugiaram em Bruxelas - porque os crimes de que são acusados não figuram no quadro legislativo belga - mas manteve a advertência de que seriam presos caso regressassem a Espanha.

Puigdemont, que pretende tomar posse como presidente da Generalitat, deve reunir-se com deputados dinamarqueses.

O encontro foi anunciado na sexta-feira por Magni Arge, membro de uma formação independentista do território autónomo das Ilhas Faroé.

De acordo com a EFE, os representantes dos partidos que compõem a coligação governamental da Dinamarca não vão estar no encontro com Carles Puigdemont.

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