Rússia e Paquistão exortam NATO para combater narcotráfico no Afeganistão
A Rússia e o Paquistão consideraram hoje que as tropas da NATO estacionadas no Afeganistão não fazem o suficiente para combater o florescente negócio do narcotráfico e sugeriram "pontos comuns" com outros países para uma ação mais eficaz.
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Mundo Tropas
"Exortamos a NATO para que se preocupe em encontrar pontos comuns [com outros países] para expulsar de terras afegãs o narcotráfico e o terrorismo que se alimenta deste", disse o ministro dos Negócios Estrangeiros russos, Serguei Lavrov, no decurso da conferência internacional "Deputados contra as drogas" que decorreu em Moscovo.
O presidente da Assembleia nacional do Paquistão, Sardar Ayaz Sadig, assegurou que "a situação no Afeganistão era muito melhor antes da entrada da NATO [neste país asiático], e o número de laboratórios que produzem droga era muito menor".
"Se os 'drones' podem liquidar os terroristas, porque não podem destruir os 400 laboratórios de drogas que existem no Afeganistão?", questionou o chefe do parlamento paquistanês.
Por seu turno, o presidente da Duma de Estado (câmara baixa do parlamento da Rússia), Viacheslav Volodin, exigiu à Aliança Atlântica que responda "porque não é capaz de resolver os problemas que decidiu enfrentar" no Afeganistão.
"Porque esses problemas, que deveriam ser solucionados pela NATO uma vez que controla a fronteira do Afeganistão, são agora assumidos por países fronteiriços como o Paquistão, Irão e outros", assinalou Volodin durante uma reunião com o seu colega paquistanês.
As delegações parlamentares de 43 países reunidas hoje na conferência de Moscovo preparam uma declaração final que pedirá à ONU para que o combate à droga se mantenha uma das principais prioridades.
A Rússia, que sempre condenou a legalização de substâncias narcóticas por outros países, denunciou ainda o aproveitamento da situação pelas máfias do narcotráfico.
Volodin também denunciou a legalização das "drogas suaves" em diversos países, e que na sua perspetiva causam problemas aos seus vizinhos, e defendeu uma política internacional comum de "tolerância zero" às drogas.
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