Protesto contra proibição de cultivo de ópio no Afeganistão faz 2 mortos
Um protesto contra a tentativa de impedir o cultivo de ópio no Afeganistão provocou a morte de pelo menos dois mortos, na sequência de uma campanha do governo talibã para erradicar esta droga do país, informaram hoje autoridades locais.
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Mundo Afeganistão
Os protestos ocorreram no sábado no nordeste do Afeganistão, quando uma centena de residentes locais tentaram dificultar uma inspeção anti-drogas em algumas das suas casas, de acordo com a agência noticiosa EFE.
"Os manifestantes atacaram os seguranças, que em defesa tentaram expulsar os protestos que infelizmente provocaram a morte de duas pessoas", disse à EFE o diretor de Informação e Cultura de Badakhshan, Zabiullah Amiri.
O principal porta-voz dos talibãs, Zabiullah Mujahid, anunciou que os acontecimentos serão investigados, quando alguns manifestantes "tentaram atacar as forças de segurança envolvidas na luta contra o cultivo de papoila, o que resultou em acontecimentos trágicos".
Um residente local disse que as forças de segurança invadiram casas particulares e torturaram residentes locais.
A proibição do cultivo de ópio e de outras substâncias semelhantes no Afeganistão foi uma das promessas dos talibãs quando chegaram ao poder, em agosto de 2021, numa tentativa de erradicar o consumo de drogas no país.
Estas restrições afetaram milhares de agricultores em zonas remotas das províncias de Badakhshan e Helmand (no nordeste do país), aos quais não foi oferecida uma alternativa económica para ganhar a vida após a proibição das atividades narcóticas há mais de dois anos.
O cultivo de ópio diminuiu 95% no Afeganistão desde que as autoridades talibãs proibiram a sua produção em abril de 2022, de acordo com dados da Organização das Nações Unidas (ONU).
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