Presidente da Ucrânia destaca "diálogo eficaz" com Donald Trump
O presidente ucraniano, Petro Poroshenko, disse hoje que já teve duas conversas "muito eficazes" com o seu homólogo norte-americano, Donald Trump, e que está confiante de que pode construir uma relação forte com Washington.
© Reuters
Mundo Poroshenko
Muitos altos cargos na Ucrânia receiam que a inesperada chegada de Trump ao poder - conjugada com os elogios que este faz à administração russa de Vladimir Putin - possa ter consequências negativas para o país, envolvido desde 2014 num conflito com separatistas armados pró-russos no Leste do País.
Kiev e os seus aliados acusam Moscovo de instigar e apoiar uma guerra que dura há 34 meses contra os separatistas, como forma de manter a ex-república soviética debaixo de controlo. Em 2014, a Rússia anexou a península da Crimeia.
Numa reunião com altos dirigentes ucranianos, incluindo militares, Poroshenko disse que manteve "duas conversas muito eficazes com o Presidente norte-americano Donald Trump."
Também revelou que teve uma "reunião muito importante" com o vice-presidente norte-americano, Mike Pence, à margem da Conferência de Segurança de Munique, no passado fim-de-semana.
Salientou ainda que falou por telefone com o secretário de Estado dos EUA, Rex Tillerson.
"Neste momento, estou feliz com a forma como estamos a construir pontes (com Washington), e como o nosso diálogo está a funcionar pelo melhor com a administração dos EUA", sublinhou Poroshenko.
Trump tem mostrado falta de conhecimentos sobre a Ucrânia - especialmente quanto à anexação da Crimeia pela Rússia em março de 2014 - e sublinhou repetidos elogios ao governo de Vladimir Putin.
No entanto, nos últimos dias a imprensa russa tem vindo a diminuir a cobertura sobre o líder americano.
Alguns analistas citados pela agência Associated Press acreditam que Putin neste momento já não tem a certeza sobre o caminho que o novo inquilino da Casa Branca pretende tomar no que diz respeito à política internacional.
O ex-presidente ucraniano Viktor Ianukovich, afastado do poder em 2014 devido a uma insurreição pró-europeia que viria a resultar numa guerra, divulgou também hoje uma carta enviada a Trump na qual apela ao presidente dos EUA para que "adote medidas urgentes e exaustivas" para pôr fim ao conflito no Leste da Ucrânia.
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